A Embaixada da Venezuela em Angola disponibilizou mais de 600 mil kwanzas para apoiar pequenos projectos de mulheres associadas em cooperativas agrícolas, na localidade do Ludi, província do Bengo, revelou, em Caxito, a embaixadora daquele país latino, Lourdes Martinez.
Lourdes Martinez afirmou que o gesto constitui uma estratégia da embaixada para contribuir para combate à fome e à pobreza no país. Assegurou que a representação diplomática tem implementado vários projectos em Angola, tendo reconhecido o papel das mulheres no campo da agricultura para a melhoria da dieta alimentar das crianças em idade escolar.
A ministra da Família e Promoção da Mulher (Minfamu), Filomena Delgado, lembrou que a instituição que dirige está a executar um projecto na aldeia do Ludi 2, município do Dande, que tem como base melhorar a vida dos ex-militares das Forças Armadas Angolanas (FAA), que viviam, sobretudo, da exploração de inertes, apesar das potencialidades agrárias da região.
Filomena Delgado explicou que, com a realização do diagnóstico rural participativo aos residentes da aldeia, foi possível identificar as áreas de intervenção, com destaque para o Ludi 1 (sectores 2 e 3), Ludi 2 (sector 2), Pilar, Chimbapo, Santana e Twapandula.
A ministra realçou que o Minfamu promoveu um conjunto de projectos de fácil aprendizagem, como produção caseira de sabão, confecção de vasos, velas artesanais, pão, fruteiras de cimento, alfabetização e outros. A vice-governadora do Bengo para o sector Político e Social, Maria Peixoto, enalteceu a iniciativa da Embaixada da Venezuela, ao promover acções que visam retirar as famílias da pobreza.
Maria Peixoto valorizou tais iniciativas, que também têm contribuído para a melhoria da dieta alimentar das famílias camponesas, bem como para o aumento da produtividade no sector da Agricultura e do empreendedorismo.
Luzia João, uma das beneficiárias dos projectos, mostrou-se satisfeita com o gesto da Embaixada da Venezuela que, em sua opinião, contribui para minimizar a carência alimentar no seio dos membros da cooperativa.
Lamentou a falta de transporte para escoar os excedentes do campo para as grandes cidades, tendo solicitado a melhoria das vias de acesso. Numa primeira fase, foram beneficiados n 83 associados.
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