Os Governos de Angola e da Índia rubricam hoje, em Luanda, um Acordo para o Estabelecimento da Comissão Mista Bilateral, disse ontem, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores.
São signatários por Angola a secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, e pela Índia o embaixador em Angola, Shri Sushil Kumar Singhal.
Entre Angola e a Índia existe já um Acordo de Cooperação, rubricado a 4 de Outubro de 1986, nos domínios da economia, técnica, ciência e cultura. Na época, rubricaram o acordo o ministro do Comércio Externo da então República Popular de Angola, Ismael Gaspar Martins, e pela Índia o então ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio, P. Shiv Shanker.
As exportações da Índia para Angola e os seus investimentos no país cresceram consideravelmente desde 2002. As relações económicas entre Angola e a Índia cresceram de forma significativa, “a uma taxa de 10,6 por cento”.
A nível da África Subsaariana, Angola está entre os maiores fornecedores de petróleo à Índia. A Nigéria é o principal. No âmbito da parceria, os principais produtos de exportação para Angola têm sido tractores, veículos, maquinaria e implementos agrícolas, produtos farmacêuticos e cosméticos. Na lista de exportações para Angola também estão incluídas bebidas espirituosas, chá, arroz, couro acabado, papel e produtos madeireiros, incluindo produtos derivados do petróleo.
A principal importação da Índia proveniente de Angola é o petróleo. É intenção da Índia estabelecer parcerias comerciais entre os dois países, apostando em vários sectores que integram o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017.
As companhias indianas demonstraram interesse em exportar gás natural, que vai permitir reforçar a cooperação no sector da energia. Dados apontam que as trocas comerciais entre os dois países atingiram, em 2012-2013, o valor de 7.646.3 milhões de dólares, contra 1.286.184 milhões de dólares em 2007-2008. A Índia quer melhorar as relações com Angola no sector farmacêutico, de processamento de alimentos, bens de consumo, tecnologias de informação, transportes e infra-estruturas.
Em Angola existe uma comunidade de mais de seis mil indianos, dos quais perto de 1.500 trabalham no projecto Angola LNG. Outros 1.200 estão nos sectores da construção, sobretudo na Fábrica de Cimento do Sumbe, no Cuanza Sul.
Há pretensão da Índia de aumentar a sua linha de crédito a Angola, com o objectivo de investir nos projectos de reabilitação dos Caminhos-de-Ferro e fornecimento de produtos para a agricultura, como tractores.
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