AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: As imediações do Parlamento ucraniano foram nesta terça-feira palco de confrontos entre a polícia e milhares de manifestantes, que tentaram romper o cordão de segurança para chegarem mais perto do edifício. A polícia afirmou, citada pela AFP, que "cinco civis foram mortos".
Algumas horas antes, a deputada do partido da
oposição Pátria, Lesia Orobets, tinha revelado
que três pessoas morreram. "Três corpos de apoiantes nossos estão no
edifício. Outros sete estão perto de morrer [por causa dos ferimentos]",
escreveu a deputada na sua página do Facebook, segundo a Reuters. Um
responsável médico dos manifestantes corroborou a informação, de acordo
com a rádio Free Europe.
Os confrontos fizeram pelo menos 150
feridos, dos quais 30 estão em estado grave, segundo a AFP, que cita
Oleg Moussi, responsável médico dos manifestantes. Do lado da polícia
ficaram 37 agentes feridos.
Na
manhã desta terça-feira, os manifestantes foram travados a cerca de 100
metros do Parlamento por uma fila de camiões e começaram a lançar
pedras contra a polícia, que respondeu com balas de borracha, canhões de
água e granadas de fumo, segundo o relato da agência Reuters. A
AFP avança que um fotógrafo ficou ferido e foi hospitalizado e que dois
camiões colocados pela polícia foram queimados por manifestantes. Os
meios de comunicação locais referem "dezenas de feridos" e vários
manifestantes têm revelado fotografias de balas de borracha e de metal
que terão sido utilizadas pela Berkut, a polícia anti-motim.