Partilha Nossa Página no Facebook Club Santa Rita do Uige e Policia Nacional culpalizados pela ocorrência do dia 10 de Fevereiro ~ Canal 82 | Agência de Notícias

quinta-feira, 30 de março de 2017

Club Santa Rita do Uige e Policia Nacional culpalizados pela ocorrência do dia 10 de Fevereiro




A Associação Provincial de Futebol do Uíge, Polícia Nacional, Kipe-investimentos e a equipa do Santa Rita FC foram apontados hoje, terça-feira, nesta cidade, como culpados pela tragédia ocorrida no transacto dia 10 de Fevereiro, no jogo de abertura do Girabola-Zap/2017, entre o clube da casa e o Recreativo do Libolo.
  
Os resultados da Comissão de Inquérito, instaurada pelo pelo Ministério da Juventude e Desportos, aquando da tragédia que causou a morte de 17 pessoas e deixando outras 59 feridas, no estádio 4 de Janeiro, foram revelados hoje pelo vice-governador para o Sector Económico e Produtivo, Carlos Mendes Samba, 48 dias após o infausto acontecimento.
  
“Do sucedido, a Comissão de Inquérito entende que têm grandes responsabilidades no incidente, a APF-Uíge, o Clube Santa Rita, a Empresa Gestora do Estádio e a Polícia Nacional, pelo que os órgãos competentes devem responsabilizar cada um segundo a gravidade dos factos”, apontou na ocasião. 
  
Segundo o governante a comissão o mau clima existente entre a APF e equipa do Santa Rita FC esteve na origem da descoordenação e irregularidades verificadas no processo preparatório para a realização do jogo.
  
Quanto a Polícia Nacional, sublinha, tendo sido indicado  o segundo-comandante para a Ordem Pública, superintendente-chefe Manuel Lopes Carvalho, para coordenar o plano de protecção e asseguramento, o mesmo não ordenou por imperativo de segurança, a abertura do portão em direcção à Bangola do Norte e outros, bem como não contou com a "avalanche" de adeptos esperados e permitiu a venda dos bilhetes no perímetro de segurança criado.
  
Ao respeito das alegações sobre a utilização de gás lacrimogéneo contra os adeptos pelos efectivos da polícia, no local do incidente, referiu que não ficou provado,  porque segundo os relatórios médicos as mortes foram por asfixia e não se verificaram elementos substanciais que indiciassem que as vítimas tenham inalado qualquer produto nocivo a saúde humana.
  
Já ao Kipe-investimentos,  empresa gestora do Estádio 4 de Janeiro, era de responsabilidade a entrega das chaves dos portões a equipa do Santa Rita FC, que por sua vez, deveria abrir os portões com antecedência, facto que não ficou confirmado.
  
Em relação ao clube Santa Rita FC sublinha que negligenciou-se naquilo que eram as suas obrigações, uma vez que não permitiu que os bilhetes fossem visados pela APF conforme as disposições do regulamento da Federação Angolana de Futebol (FAF).
  
“O Santa Rita FC não vendeu os bilhetes 72 horas de antecedência e por os ter comercializado em locais inapropriados, dentro do perímetro de segurança da Polícia Nacional”, destacou o vice-governador na apresentação dos resultados.
  
A comissão considerou, igualmente, que elevado número de adeptos que forçava a entrada precipitada no estádio, associado ao desnível existente no portão de acesso em que ocorreu o incidente, é outra das razões objectivas da queda massiva dos adeptos e consequente pisoteio que se verificou, causando assim a asfixia na morte dos mesmos.
  
Assim, a comissão do inquérito recomendou a construção de um novo estádio na sede do município,  atendendo a apetência do povo do Uíge para a prática da modalidade.

Igualmente recomenda-se um reforço em termos de efectivos da Polícia Nacional na província, assim como em meios técnicos, entre outros, como viaturas, baias,  pórticos e dectectores de metais, no sentido de melhorar o desempenho no asseguramento das actividades desportivas e não só.
  
A comissão provincial para a averiguação das causas do incidente, recomendou igualmente no sentido de redobrar esforços no aprimoramento das condições organizativas, técnicas, asseguramento e responsabilização, quando se trata de eventos que se esperam congregar uma moldura humana.
  
Quanto a possibilidade de parar o jogo ou não após o sucedido, as entidades responsáveis preferiram não interferir no andamento da partida para evitarem a proliferação do pânico e outras consequências possíveis e também porque o incidente ocorreu no interior do estádio.

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