O Certificado de Excelência, na categoria “Arte e literatura”, foi atribuído a Jomo Fortunato, durante a primeira edição da Gala Arte e Excelência, realizada na sexta-feira, em Luanda.
Jomo Fortunato organiza, há mais de dez anos, a Feira Internacional do Livro e do Disco, e disse considerar “o livro como uma estratégia de combate à pobreza”.
Além de Jomo Fortunato, foram premiadas várias personalidades, entre artistas, jornalistas e instituições públicas e privadas ligadas a vários domínios profissionais.
Entre os premiados, a plataforma “Platina Line” venceu o Prémio Arte e Excelência na categoria de escrita, fotografia, audiovisual e o portal mais visto do mundo. A revista “Chocolate” venceu na categoria de bem vestir.
Nadir Tati venceu na categoria de Moda e Criação, Miguel Neto venceu na de Comunicação Social, Daniel Nascimento na categoria de Jornalista. Nino Republicano venceu na categoria de Produção Musical, com mais shows realizado a nível nacional e internacional pela LS Republicano, a TV Zimbo na categoria de Comunicação Social.
O crítico literário e musical Jomo Fortunato, que há mais de uma década se dedica à promoção da leitura junto dos jovens, sendo organizador da Feira Internacional do Livro e do Disco, um projecto de promoção da leitura pública, referiu que o programa anual da feira complementa o ciclo de comunicação literária, dinamizando um processo que inclui a promoção e defesa dos direitos do autor, do editor, do importador, do livreiro, do distribuidor e “pode motivar o exercício da crítica literária, uma prática que recai sobre um ente fundamental neste ciclo, a recepção, entenda-se o leitor”. Ao receber o Certificado de Excelência, entregue pela deputada e empresária Welwitschia José dos Santos, Jomo Fortunato agradeceu à organização pela distinção.
A realização da Feira Internacinal do Livro e do Disco está a cargo da editora Arte Viva, com apoio de instituições públicas e empresas privadas. A filosofia organizacional do evento, de periodicidade anual, obedece às linhas-mestras do discurso do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, proferido no III Simpósio Sobre Cultura Nacional, em 2006.
Maquito Daniel, organizador do evento, afirmou que a Gala Arte e Excelência tem como objectivo reconhecer o talento e a entrega profissional dos que têm feito um trabalho excelente com visibilidade nacional e internacional nos mais variados domínios profissionais, nas áreas da comunicação social, música, moda e literatura.
Feira do Livro
A 11.ª edição da Feira Internacional do Livro e do Disco, que no próximo ano se realiza de 28 de Agosto a 3 de Setembro de 2017, no Centro de Formação de Jornalistas, é um projecto cultural de apoio à globalidade das manifestações literárias e musicais angolanas e internacionais.
O projecto tem promovido hábitos de leitura e, consequentemente, debate à volta das questões relacionadas com a produção do livro, do disco e das artes do espectáculo. Sob o signo “Criar novos factos culturais”, uma orientação extraída do discurso de fim do ano, em 2005, proferido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a Feira Internacional do Livro e do Disco é uma oportunidade, ímpar, de convívio e de intercâmbio cultural, abrindo inúmeras oportunidades comerciais, entre editores, produtores, livreiros e alfarrabistas nacionais, e de países estrangeiros com representação diplomática em Angola, que pretendam dar a conhecer a sua literatura e música, nos diferentes géneros e estilos.
Coréon Dú anima gala
O cantor e produtor Coréon Dú foi a grande atracção da noite e foi alvo de distinção especial pelo contributo que tem dado ao engrandecimento e reconhecimento da cultura nacional no exterior, nas mais variadas áreas, nomeadamente moda, cinema, música e televisão.
Coréon Dú brindou o evento com um concerto bastante aplaudido pelo público, tendo interpretado canções dos seus álbuns, “The Coréon Experiment”, “Binário”, “The We Dú Experiment”, “The We Dú Experiment Summer Mix Tape”, e “Binário Summer”.
A Orquestra Kapossoka introduziu o momento cultural, e dedicou um tema ao cantor e compositor Coréon Du. No mesmo palco, a Orquestra acompanhou, também, a cantora Jacira, a única voz feminina que actuou na gala.
A “performance” musical de Coréon Dú é caracterizada pela fusão de sons que reflectem as suas principais influências, como o pop, semba, jazz, kilapanga, funk, bossa nova, rock, kuduro, kizomba e ritmos latinos.
A vasta carreira de Coréon Dú levou-o ao Festival de Jazz de Madrid em 2012, abrindo portas para o mercado mundial. Um ano antes, passou pelo “Winter Music Conference”, em Miami, e em 2013 esteve na primeira edição do festival LusoFone, em Braga, Portugal, ano em que participou no FestiSumbe e na Feira Internacional de Luanda.
Quando criou em 2013 o seu clube de fãs, “WeDú - The Coréon Dú Creative Community” lançou, ao mesmo tempo, “The We Dú Experiment”, um álbum de remixes, que incluiu também novas interpretações de canções desenvolvidas com colaboradores internacionais como Phil Asher, Daniel Haaksman, DJ Spooky, DJ Satellite, Luiz Brasil, José de Divina, Elias de Menezes, Jerry Charbonier, Lenni Sez e Nuno Mendes.
Coréon Dú, com a ajuda do galardoado produtor Andres Levin, iniciou a produção do seu segundo álbum de originais, “Binario”, gravado entre Nova Iorque, Los Angeles, Rio de Janeiro, Havana, Miami e Austin. O seu primeiro single deste trabalho, “Bailando Kizomba” foi lançado em Fevereiro de 2014, alcançou a posição 14 no “Billboard Tropical Chart” e permaneceu nos primeiros 30 lugares do top. O segundo single, “Amor Robótico”, seguiu as pisadas de Bailado Kizomba, com presença assídua no mesmo top.
Além dos seus próprios álbuns, o cantor participou em vários projectos musicais com Os Namayer, Leo, Filipe Mukenga e Filipe Zau, Noite e Dia, e Maskarado.
