O sector das pescas registou uma queda significativa na importação de carapau, no decurso deste ano, ao comprar 22 mil e 561,25 toneladas no mercado externo, o que representa 25 por cento das 90 mil toneladas definidas como quota de importação, informou a ministra das Pescas
Victória Barros, que falava no II Conselho Consultivo realizado em Luanda disse que, no período em análise, houve uma redução significativa na importação das quantidades previstas de carapau, devido à escassez de divisas.
Os participantes no evento recomendaram a continuação da importação do carapau como uma alternativa às medidas de gestão adoptadas para a preservação desta espécie.
O sector vai fazer um estudo aprofundado das vantagens e desvantagens da decisão a ser tomada sobre a isenção ou não e definirá as modalidades para a distribuição das quotas do carapau.
A produção de sal no período de Janeiro a Outubro de 2016 cifrou-se em 71.100 toneladas de sal comum e 63.716 toneladas de sal iodizado, sendo a província de Benguela a detentora de maior índice de produção, seguida do Namibe.
Na província do Namibe, as salinas existentes não estão a produzir conforme as capacidades instaladas. Por esta razão, o conselho consultivo recomendou a realização de um trabalho com profundidade no sentido de aumentar a produção de sal na província do Namibe, considerada a que apresenta as melhores condições neste domínio.
O trabalho deve ser extensivo às províncias de Luanda, Cuanza Sul, Bengo e Zaire. Esta última deve atrair e mobilizar o empresariado local no sentido de instalar novas salinas e junto do Governo Provincial para criar reservas fundiárias para incentivar o aparecimento de novos operadores.
O Conselho tomou conhecimento da existência de 47 projectos em tratamento na UTAIP-MINPESCAS, referentes à indústria pesqueira, transformadora, salineira e aquicultura, totalizando o valor global de cerca de 154 milhões de kwanzas e 2.214 novos postos de trabalho.
De Janeiro até Outubro, o sector pesqueiro registou a captura de 416 621 toneladas de pescado diverso em todo o país, tendo a pesca artesanal e semi-industrial contribuído com mais de 61 por cento.
A captura é fruto do montante disponibilizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), entre Março e Novembro de 2016, avaliado em 37 milhões de euros, que permitiu a importação de bens e serviços para as empresas do sector das pescas das províncias do Namibe, Benguela, Bengo, e Luanda.
Durante o exercício económico de 2016, foi possível cumprir de forma aceitável com os programas dirigidos, como o programa para o aumento da produção do sal, promoção das exportações da farinha e óleo de peixe, crustáceos e do pescado, que teve um contributo significativo da pesca artesanal marítima e semi-industrial, mantendo a estabilização dos preços de venda ao consumidor. A produção de cacusso, cuja cifra foi apenas de 494 toneladas, registou uma queda significativa, devido aos constrangimentos ligados à importação da ração, assim como a pesca artesanal continental que também apresentou níveis de produção bastante reduzidos.A produção do peixe seco também apresentou níveis inferiores aos de 2015 ao apresentar somente 26 mil e 771 toneladas. Para este produto, avançou a ministra das Pescas, será gizado um programa para aumentar a produção, melhorar a transformação e tornar a actividade formal.
Neste ano, o sector das pescas não teve a produção de conservas de pescado como perspectivado, uma situação que vai ser revertida em 2017 com a entrada em funcionamento da fábrica do Tômbwa, na província do Namibe.
De acordo com a ministra, a entrada em funcionamento desta unidade fabril vai permitir a redução das importações de conservas de pescado e assegurar mais emprego aos jovens.
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