DR / RA
Os jovens adolescentes angolanos Márcia, de 18 anos, e Gláucio, de 13 anos, já não vão ser deportados para Angola, como o secretário de Estado da Segurança e Justiça holandês, Klaas Dijkhoff, havia decretado porque o pai aceitou separar-se da família e ser ele o único a ser enviado para Angola, de onde saiu há 15 anos para fugir à guerra.
De acordo com o jornal Dutch News, os adolescentes e a mãe foram libertados do centro de deportação na noite de segunda-feira, depois de o pai ter chegado a acordo com as autoridades. Desta forma, só ele será deportado na sexta-feira, ficando a sua família a residir na Holanda.
Refugiado com a sua família desde o princípio dos anos 2000, o pai, que a imprensa holandesa não identifica, perdeu o estatuto de refugiado depois de as autoridades holandesas terem descoberto que tinha sido soldado durante a guerra civil. Para a lei holandesa, isto faz dele alguém passível de ser acusado de crimes de guerra e, como tal, não é elegível para manter o estatuto de refugiado.
Com isso, os filhos deixaram também de poder recorrer à amnistia para crianças filhas de refugiados integradas na sociedade holandesa, daí a decisão de deportar toda a família para Angola.
A única forma de poder manter as crianças no país onde cresceram, onde estão integradas (Márcia vai entrar este ano para Universidade Erasmus para estudar Direito, Gláucio nasceu na Holanda e não fala português), foi a que o pai elegeu: sacrificar-se. Separando-se da família, aceitando ele voltar a Angola, e deixar a mulher e os filhos para trás.
Tag: Angolanos na Holanda, Angolanos na Europa.
PARTILHA NO FACEBOOK COM AMIGOS...
Tag: Angolanos na Holanda, Angolanos na Europa.