A expulsão de um passageiro num voo da United Airlines, no início da semana, por overbooking (venda de mais bilhetes do que lugares disponíveis), continua a dar muito que falar. Depois de centenas de clientes da companhia aérea exigirem a demissão do presidente da empresa, Oscar Munoz, o líder da United Airlines já veio garantir, em entrevista à ABC, que não se demitirá, ao mesmo tempo que assegurou que uma situação semelhante “nunca mais acontecerá num voo da United Airlines”.
Mas as reações não se ficaram por aqui. Esta quarta-feira, a Emirates, uma das mais importantes companhias aéreas do mundo, publicou um vídeo no Twitter em resposta à United. Em apenas 35 segundos, o vídeo começa por recordar uma frase de Oscar Munoz, presidente da companhia americana, dita em março deste ano: “Essa companhia aérea do Golfo não é uma companhia a sério”, declarou então.
A resposta vem logo de seguida. “Bom, sr. Munoz, de acordo com o Tripadvisor, o maior site de viagens do mundo, não só somos uma companhia a sério como somos a melhor companhia”, continua o vídeo, enumerando os diversos prémios que tem recebido. E conclui: “Viaje pelos céus amigos, desta vez de verdade”, numa clara referência à expulsão do passageiro da United Airlines.
Empresa tenta gerir crise… mas nem sempre bem
Munoz já veio admitir que a situação que aconteceu com o passageiro naquele voo entre Chicago e Louisville é intolerável, reconhecendo que sente “vergonha e constrangimento” pelo sucedido. Mas garante que se vai manter à frente da empresa: “Fui contratado para tornar a United Airlines melhor, é isso que tenho feito e é isso que vou continuar a fazer”.
Os pedidos de desculpa da parte de Munoz, na verdade, têm vindo a multiplicar-se. O primeiro, logo no dia em que o caso veio a público, foi curto e, segundo uma análise da Quartz, falhou no objetivo. “Peço desculpa por termos de reacomodar estes passageiros”, escreveu o presidente da companhia em comunicado. “O público não estava horrorizado por um passageiro com bilhete pago ter sido expulso (perdão, “reacomodado”) de um avião, mas pelo facto de tal ter acontecido de uma forma indesculpavelmente violenta”, escreve a Quartz.
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