Depois do primeiro carregamento realizado em Maio, mais empresas agro-alimentares de produção de banana têm no mercado português o destino dos seus excedentes.
No próximo mês, mais de 200 toneladas de banana produzida no Perímetro Irrigado de Caxito vão ser exportadas para Portugal, anunciou ontem o presidente do Conselho da Administração da Caxito Rega.
João Mpilamosi disse que este ano foram exportadas 27 toneladas de banana para Portugal, a par de outras 1.200 que são vendidas anualmente para a República do Congo.
O gestor sublinhou que a exportação de banana tem impulsionado a produção e permitido a entrada de divisas no país.
“A banana produzida no Perímetro Irrigado de Caxito é boa e tem aceitação nos mercados externos, principalmente nos países vizinhos de Angola”, disse. O Perímetro Irrigado de Caxito tem uma área de 4.628 hectares e é destinado à produção de banana e horto-frutícolas.
O grupo angolano Nova Agrolíder iniciou no princípio deste mês a exportação de banana para Portugal, também produzida na província do Bengo, num primeiro lote de 20 toneladas, mas que pode vir a ter um ritmo semanal.
O administrador da empresa, João Macedo, explicou que Portugal passa a ser o segundo país a receber a banana de mesa produzida na fazenda do grupo, depois da República Democrática do Congo (RDC). “Este é um teste, esperamos que corra tudo bem. Depois, poderemos carregar até dez contentores [com 20 toneladas cada] por semana, pois queremos exportar grandes quantidades de banana”, afirmou João Macedo.
A Nova Agrolíder é assim a segunda empresa angolana a anunciar a exportação de banana para Portugal, depois de a fazenda agro-industrial Bacilin, no Culango, província de Benguela, ter exportado em Maio um lote de 17 toneladas, o primeiro carregamento desta fruta de Angola para a Europa em mais de 40 anos.
Com fazendas distribuídas pelas províncias de Luanda, Bengo, Cuanza Sul e outra em projecto na Huíla, o grupo Nova Agrolíder já produz 60.000 toneladas de banana por ano, entre cerca de 150.000 toneladas de frutas, hortícolas e cereais, lançando-se agora em força no mercado de exportação.
“Se este teste para Portugal funcionar, como nós esperamos, temos a seguir países como a Holanda, Alemanha, Inglaterra, França e Itália onde pretendermos lançar o nosso produto, não só bananas, como outros. Estamos a lutar para, no espaço de dois anos, sermos auto-suficientes em divisas, garantidas com estas exportações. Queremos que seja um valor considerável”, justificou o administrador do grupo angolano.
“Já exportamos uma pequena quantidade de banana para a República Democrática do Congo, mas agora queremos apostar mesmo na exportação. Para Portugal, para já, foi só banana e depois teremos outros produtos, como papaia, manga, abacaxi, maracujá, entre outros”, explicou João Macedo, um empresário português radicado em Angola.
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