Província de Benguela continuava a enfrentar a escassez de combustível, há pelo menos duas semanas. O gasóleo tornou-se num bem raro, a gasolina está a conta gota. A maioria dos postos de abastecimentos está sem combustível. Resultado: longas filas de viaturas disputando espaço que ficavam horas para chegar a sua vez de abastecer. Visivelmente desesperados, alguns automobilistas dizem que se a falta de combustíveis prevalecer, serão obrigados a parquear as suas viaturas.
João Vieira é de uma das pessoas que tiveram que ficar na fila duas horas para abastecer a viatura e mandar encher um bidão de cinco litros. “Tenho outro carro que ficou sem combustível, por isso, levei o bidão para abastecer”, justificou. Na mesma fila, estava Paula Fonseca, que disse que o seu carro já estava a circular com o combustível de reserva do tanque. “Se hoje não consigo abastecer, amanhã não terei como tirar o carro de casa”, referiu.
Além de longas filas, a situação já começa a afectar a circulação de pessoas e bens. Tomás João funcionários de uma empresa de transporte conta que o autocarro para o qual presta serviços teve que recorrer a combustível que estava num gerador do proprietário para poder seguir viagem para o interior.
Os compradores de combustíveis aos bidões viram-se envolvidos em dificuldades para a aquisição do produto, havendo mesmo quem desistisse após largas horas de espera. Algumas bombas estavam tão apinhadas de gente, que era até impossível ver o bombeiro. Por exemplo, o jovem Manuel Fonseca esperou por aproximadamente três horas para ver os seus dois bidões cheios.
“Estão a atender somente aos automóveis e aos que querem comprar combustíveis nos bidões vão atendendo um ou outro”, desabafa.
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