terça-feira, 14 de março de 2017

Barragem de Laúca reduz custos de importação de combustíveis



A entrada em funcionamento da barragem hidroeléctrica de Laúca, no município de Cacuso, a partir de 2018, vai reduzir os custos de importação de combustíveis para o país, na medida em que grande parte do sector industrial vai operar com a energia desse empreendimento. 

Essa visão é do ministro das Finanças, Archer Mangueira, manifestada neste sábado, à margem da cerimónia do início do enchimento da albufeira da barragem de Laúca, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. 

De acordo com o dirigente, para além disso, a barragem trará outro impacto para a vida económica do país, porquanto vai gerar condições para a industrialização e grande parte do dinheiro que o Estado gasta na aquisição de combustíveis, será encaminhada para outros sectores, como os da educação e saúde. 

Fez saber que hoje, grande parte da energia de Angola ainda advém de equipamentos que funcionam com combustível que é importado, o que ficará minimizado quando Laúca começar a alimentar o país. 

Disse que com essa redução que se antevê dos valores dos combustíveis, o país passará a registar menor pressão sobre a balança de pagamentos e consequentemente a liberação de valores a serem aplicados em despesas, por exemplo para o sector social, ciência, tecnologia e capital humano. 

Por outro lado, Archer Mangueira explicou que o Executivo está a trabalhar na aplicação de medidas diversas tendentes a adequação da realidade do país ao contexto das importações que se registam, no que toca a bens alimentares e matérias-primas, que poderão também conhecer redução com a geração de energia em grande escala através da barragem de Laúca. 

Com uma altura de 156 metros, mil e 200 metros de comprimentos e com uma área de 24 mil hectares, incluindo a albufeira, a Barragem de Laúca tem capacidade para dois mil e 70 megawatts de energia. 

Iniciadas em 2012, as obras da barragem de Laúca estão orçadas em 4,5 mil milhões de dólares, incluindo a execução física, área de produção, fornecimento e sistema de transporte de energia, constituindo-se no terceiro maior complexo energético do país construído no leito do Rio Cuanza, depois de Cambambe (Cuanza Norte) e Capanda (Malanje). 

A sua entrada em funcionamento, após conclusão das seis turbinas de 334 megawatts cada, vai permitir a distribuição de energia eléctrica para mais de cinco milhões de pessoas das regiões Norte, Centro e Sul de Angola.

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