O MPLA é o único partido em condições para continuar a governar o país, afirmou ontem, no Cuito, província do Bié, o candidato do partido a Presidente da República, João Lourenço, que desafiou as forças políticas da oposição a acompanharem a sua caminhada durante a pré-campanha e a campanha eleitoral.
Ao intervir no acto da sua apresentação como candidato do MPLA a Presidente da República nas próximas eleições gerais, João Lourenço solicitou que o povo renove a confiança no partido no poder, para conseguir uma maioria considerável e continuar a implementar o seu programa de governo. Disse haver programas que devem ser materializados após as eleições gerais de Agosto próximo, mas a sua materialização depende do apoio do povo.
Segundo o também vice-presidente do MPLA, “se isso não acontecer, nenhum destes programas será realizado”, porque os outros (partidos e coligações) “não possuem capacidade”. A seis meses das eleições, disse, a sociedade ainda desconhece os programas de governo da oposição, “que se limita a criticar os que fazem, os que andam pelo país a dialogar”.
João Lourenço advertiu os militantes para não darem ouvidos às críticas da oposição e prometeu continuar a caminhada do MPLA, que pretende ver coroada depois das eleições gerais de 2017. “Quem tiver capacidade que nos siga e veremos quem chegará primeiro à meta”, desafiou.
João Lourenço encorajou os cidadãos a garantirem a sua participação nas eleições, mediante o registo eleitoral, porque faltam poucos dias para se encerrar o processo. Alertou que não haverá prorrogação do prazo previsto para o encerramento do registo eleitoral (31 de Março próximo), daí a necessidade de todos o fazerem já. “O apelo que deixamos é que, quem ainda não se registou, agradecemos que o faça na segunda-feira”, exortou.
O candidato do MPLA reafirmou a disponibilidade do partido trabalhar em harmonia com todos os angolanos para a construção do bem comum. João Lourenço disse que o seu partido sempre optou pelo caminho do perdão e da reconciliação, desiderato que concorre para a criação de riquezas e bem-estar para os angolanos. “O MPLA tem assente, na sua acção política, o princípio da democracia, que compreende a existência de vários partidos, a defesa de pontos de vistas diferentes que convergem para o mesmo fim, o desenvolvimento do nosso país”, realçou.
João Lourenço sublinhou que o respeito pela diferença partidária é que tem fortalecido o MPLA e a nação angolana. “Vamos trabalhar com todos interessados a desenvolver este país, sem nenhuma distinção nem impedimentos de partidos”, assegurou.
Investimento na formação
O vice-presidente do MPLA realçou, também, a importância de um forte investimento na formação da juventude, nos domínios técnico-profissional, para que esta franja esteja capaz de enfrentar e superar os desafios da reconstrução e do desenvolvimento. O candidato a Presidente da República falou da importância que o MPLA atribui à capacidade e virtude de cada angolano e condenou os profissionais que pouco ou nada fazem em seus locais de trabalho e auferem salários enormes no final de cada mês. “Queremos aqueles quadros que, independentemente de terem o emprego e o salário assegurado, ainda se esforçam para adquirir o maior rendimento, dar o maior lucro à empresa para a qual trabalham”, defendeu João Lourenço, para quem só desta forma estes estarão a contribuir para a reconstrução do país. João Lourenço defendeu a criação de uma sociedade que reconhece, estimula e, sobretudo, premeia o mérito e a competência. O empenho, a dedicação, o mérito e a competência, disse, devem ser bem pagos, pois é assim que crescem as grandes sociedades, valorizando o saber e o esforço de cada pessoa.
“Que não seja nenhum sacrilégio o mecânico competente e dedicado ser melhor pago que o engenheiro preguiçoso e dorminhoco”, realçou o candidato a Presidente da República pelo MPLA, para quem as bases da reconstrução foram lançadas, restando apenas ter quadros capazes para se dar corpo a este processo.
Correcção das assimetrias
João Lourenço chamou de má herança a desigualdade social ainda existentes entre as regiões do país, e prometeu empreender políticas com vista à redução dessas assimetrias. O político disse que estas assimetrias herdadas no passado (colonial) avançaram com um desenvolvimento desigual do território nacional. “Hoje a nossa obrigação é corrigir este facto e fazer com as pessoas se sintam bem em qualquer região do país”, defendeu.
Segundo o também ministro da Defesa Nacional, o cidadão angolano tem a liberdade de viver num determinado ponto do território nacional e, em princípio, o correcto seria que encontrasse as mesmas facilidades como serviços sociais, habitação e emprego. Para se alcançar este objectivo, João Lourenço defendeu que se tracem políticas correctas para o incentivo de investimentos, tanto públicos como privados nas zonas menos desenvolvidas, para o benefício das comunidades.
“Vamos delinear, com brevidade, políticas atractivas, com dispersão de investimentos a todas localidades do interior”, adiantou o candidato a Presidente da República, que reafirmou a preocupação permanente do MPLA na criação de mais empregos para dignificar o cidadão e o país.
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