quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O corpo humano tem mais um órgão do que se pensava Leia mais: O corpo humano tem mais um órgão do que se pensava http://www.jn.pt/mundo/interior/o-corpo-humano-tem-mais-um-orgao-do-que-se-pensava-5586536.html#ixzz4UtCc7DdZ Follow us: jornalnoticias on Facebook



O corpo humano ganhou um novo órgão. Chama-se mesentério, liga os intestinos ao abdómen e era, até agora, considerado uma "membrana intra-abdominal" do sistema digestivo.

A mudança de reclassificação desta membrana - há muito conhecida como uma série de estruturas fragmentadas e separadas - foi atualizada no livro "Anatomia de Gray", clássico de anatomia humana, e publicada na revista britânica de medicina "The Lancet".

A requalificação deve-se, em parte, ao trabalho de J. Calvin Coffey, investigador da Universidade do Hospital de Limerick, Irlanda, que estuda, há anos, o mesentério.

"A descrição anatómica que foi feita nos últimos 100 anos de anatomia estava incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado e complexo. É simplesmente uma estrutura contínua", explicou o cientista, citado pela imprensa internacional.

Coffey espera que a reclassificação do mesentério - que, até agora, era considerado uma "membrana intra-abdominal formada pelo peritoneu e pelas suas pregas - possa estar levar ao tratamento de doenças abdominais e digestivas, com menos cirurgias invasivas e menos complicações na recuperação.

"Agora estabelecemos a anatomia e a estrutura. O próximo passo é a função. Se entendermos a função, conseguimos identificar um funcionamento anormal e, aí, temos a doença", esclareceu Coffey.

Uma das primeiras descrições do mesentério foi feita pelo cientista italiano Leonardo da Vinci e ignorada durante séculos. Foi em 2012 que J. Calvin Coffey e a sua equipa conseguiram demonstrar, através de exames microscópicos detalhados, que se tratava afinal de um só órgão.

Ao longo dos últimos quatro anos, os cientistas foram reunindo informação que permitiu, agora, reclassificar o mesentério tornando-o, oficialmente, no "novo" órgão do corpo humano.


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