O país abre a boca de espanto e o futebol português ganhou mais um clube titulado a nível nacional. O Moreirense completou o percurso surpreendente na Taça da Liga e depois de bater o FC Porto e o Benfica fechou o conto de fadas com um triunfo sobre o SC Braga, por 1x0, na final deste domingo, no estádio do Algarve. Uau mesmo!
Calculismo arsenalista castigado
O jogo esteve longe de entusiasmar, muito por culpa do Braga. Jorge Simão já assumiu a atitude resultadista que emprega à sua equipa e esse cunho voltou a estar bem vincado. Com a linha defensiva baixa e os dois médios - Xeka e Battaglia - a fazerem sombra um ao outro em poucos metros quadrados, o Braga foi estático e inofensivo.
O Moreirense, sem o espaço nas costas que tão bem explorou frente ao Benfica, não fiz disso drama e aceitou as leis do jogo. Fixou Roberto entre Artur Jorge e Velazquez e deu liberdade a Podence e Dramé para as deambulações; e com Francisco Geraldes a puxar a máquina a coisa esteve sempre mais verde que vermelha na noite fresca do Algarve.
Ainda assim, futebol perto das balizas foi uma raridade. O Braga não queria assumir e jogava no erro; o Moreirense tentava mas faltava-lhe capacidade para o rasgo final. Um remate frouxo de Roberto (7') e um golo bem invalidado a Stojiljkovic (38') acabaram por ser o pouco sal de uma primeira parte cuja história teria o seu momento alto na curva do intervalo.
Cauê com nervos de aço
Numa das raras vezes que houve espaço para o Moreirense entrar nas costas da defensiva do Braga, Matheus derrubou Francisco Geraldes. Apito de Soares Dias e Cauê assumiu a responsabilidade de escrever história, ao converter o primeiro golo do Moreirense em finais nacionais. Um golo que premiava a coragem cónega e castigava o pragmatismo ineficaz do Braga.
E Jorge Simão percebeu isso, porque deixou Xeka no balneário e lançou Vukcevic. Os arsenalistas precisavam de ocupar mais espaço ofensivo para abanar a organização defensiva do Moreirense, mas Fernando Alexandre e Cauê foram quase sempre «varredores» e minimizaram alguns erros de André Micael, que se mostrou intranquilo em alguns momentos.
O Braga era um paciente à procura de se soltar das amarras atadas pelo próprio sistema de jogo, pelo próprio treinador. A aposta no calculismo e no cinismo retirou identidade e soluções à equipa; e perante um Moreirense que cometeu pouqíssimos erros os momentos para ferir foram raros. A melhor ocasião para o empate aconteceu aos 83 minutos, mas Makaridze fez uma daquelas defesas que valem títulos.
Tag: Moreirense Ary Papel, Ary Papel Moeirense 2017.
PARTILHA NO FACEBOOK COM AMIGOS...
Tag: Moreirense Ary Papel, Ary Papel Moeirense 2017.