A UNITA defende que o Governo angolano deve decretar o "estado de emergência e calamidade nacional" no sul, face à seca e fome que atingem algumas províncias.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) defende que o Governo angolano deve decretar o “estado de emergência e calamidade nacional” no sul, face à seca e fome que atinge algumas províncias. A medida foi proposta pelo maior partido da oposição na sequência do XII congresso ordinário, que se realizou até sábado em Luanda, e tem vindo a ser abordada pelos deputados no âmbito da discussão, no parlamento, do Orçamento Geral do Estado para 2016.
Em causa está sobretudo a situação no Cunene, província com cerca de 87.000 quilómetros quadrados, afetada pela falta de chuva há vários anos, um fenómeno cíclico com efeitos na produção agrícola, bastante afetada.
“Temos reclamado uma atenção do Governo, na discussão do Orçamento Geral do Estado, para dar apoio do Estado do Cunene e também à Huíla [província vizinha], que vivem uma situação gravíssima, de forma cíclica”, disse o deputado Raúl Danda, líder da bancada parlamentar da UNITA, à Lusa.
Entretanto, o partido do ‘galo negro’ já fez saber, em nota oficial, que “a seca e a fome” no sul de Angola “atingiram proporções alarmantes”, sendo por isso necessário que o Governo angolano decrete o “estado de emergência e calamidade nacional”, avançando com “medidas extraordinárias para acudir as comunidades afetadas”.
Nas últimas semanas têm sido conhecidas campanhas de apoio ao Cunene, com recolha de alimentos no norte do país para distribuição naquela província do sul.