AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 04 Setembro 2014: A delinquência juvenil refere-se aos atos criminosos
cometidos por menores de idade. Muitos países possuem procedimentos
legais e punições diferentes (no geral mais atenuados) aos delinquentes
juvenis, em relação a criminosos maiores de idade.
A delinquência juvenil, só pelo fato de ter como base os jovens,
também vê-se como causas, o abandono dos familiares.Os jovens por não
encontrarem o que no seio familiar não têm, partem para a rua procurando
coisas que no qual irão se apoderar. Em alguns casos eles acabam por
prejudicar a sociedade.
Resumo: Neste trabalho, demos subsídios para
compreender as causas que originam actos de delinquência juvenil,
analisando o fenômeno a luz das interpretações sociológicas e
psicológicas, bem como, a separação do bandido do bom cidadão, assim
como o relacionamento com os familiares, isso levou-nos a perceber que
as causas que originam os actos de delinquência juvenil neste bairro são
motivadas pelo consumo de álcool, divórcio dos pais, falta de controlo
dos adultos, e a falta de acompanhamento psicológico e o consumo de
droga.
Palavras-chave: Delinquência Juvenil, comportamento, Psicologia, Sociologia.
1. Introdução
A palavra adolescência vem de adolescere, que significa
crescer. É, pois, um período de crescimento, não apenas físico, mas
intelectual, da personalidade e do ser. Como tal, esse crescimento vem
acompanhado de uma crise de valores
Em todo o universo, a violência é um desafio urgente; uma questão de ordem psicológica e social, de grande importância.
"On ne peut pás surmonter les difficulites sans entrevoir ses recines historiques" quer dizer, não se pode superar as dificuldades sem enxergar as suas raízes históricas.
O diagnóstico feito demonstra que as causas que originam os atos de
delinquência juvenil neste bairro são motivadas pelo consumo de álcool,
divórcio dos pais, falta de controle dos adultos, falta de
acompanhamento psicológico e consumo de drogas.
A família e a escola estão no centro da problemática em torno da
delinquência juvenil. Esta centralidade da família e da escola nasce da
nossa convicção de que a delinquência é produto da incapacidade dessas
duas estruturas de socialização.
2. Causas da delinquência
É indiscutível que o crescimento físico, e as modificações
psicológicas, são considerados como porções de um todo que é o ser
humano.
Assim, O aumento da delinquência juvenil, como as rebeliões, a falta
de respeito aos adultos tem preocupado o governo, bem como a sociedade e
até a Midia, deixando, em certo sentido, sem resposta para esse
fenômeno que aflige a sociedade. Entre os comentários e discussões sobre
o assunto, as principais causas apresentadas foram a desagregação
familiar, o envolvimento com drogas e as más companhias. Assim podemos citar os dois primeiros pontos das causas de delinquências:
- O primeiro modelo concebe que o desvio resulta de um colapso entre as estruturas de autoridade e de controlo social.
- E o segundo, que o desvio surge como resposta a problemas com que os jovens se confrontam no processo de construção das suas identidades sociais.
Em todo o universo, a violência é um desafio urgente; uma questão de
ordem psicológica e social, grande importância que se tem vindo a
combater, por parte de muitos psicólogos e sociólogos.
A delinquência juvenil refere-se aos atos criminosos cometidos por
adolescentes. A delinquência juvenil, normalmente inicia-se em idades
entre os 10-11 anos, indo até aos 16-18 anos dependendo do país que se
encontra.
Os dados apontam que 30% dos infratores possuem algum tipo de
problema familiar. No grupo de não-infratores apenas 8,7% apresentam o
mesmo distúrbio. "Há, principalmente, uma grande quantidade de problemas
nessa organização familiar que, está na sobrecarga de atividades para o
chefe do núcleo familiar e a atribuição precoce de responsabilidades
para o adolescente.
Muitos dos pais desses infratores tem um grande distanciamento da
vida quotidiana de seus filhos, se mantivermos o conceito de que a
educação que é a transmissão de conhecimentos e valores da geração
adulta a geração nova, muitos desses pais, não teriam dificuldades em
responder quem eram os amigos de seus filhos, quais eram os lugares de
lazer que eles mas frequentavam, quais os sonhos e expectativas que eles
almejam ser no futuro. Esses pais, se envolvem pouco com a vida dos
filhos e tem uma organização pouco rigorosa, não sabem a hora que eles
chegavam em casa, nem sugeriam um limite aos mesmos.
Nas entrevistas feita aos familiares mais de 25% dos pais afirmaram
ter parentes com problemas como o alcoolismo ou vício em drogas, esses
números altos que demonstram a necessidade de intervir na realidade
dessas famílias de maneira sistemática criando políticas públicas para
atende-las.
Outro fator de risco para a inserção desses jovens na criminalidade constatado na pesquisa é a desafastamento escolar.
O diagnóstico feito demonstra que as causas que originam os atos de
delinquência juvenil neste bairro são motivadas pelo consumo de álcool,
divórcio dos pais, falta de controlo dos adultos, falta de
acompanhamento psicológico e consumo de drogas.
Como o consumo de drogas esta diretamente ligado á revolta da
sociedade, ao fazer o uso dela, você esta obtendo prazer e esquece-se
dos dilemas, de uma forma superficial, viajando num mundo de fantasia e
que pode fazer o que tiver vontade, ou ainda ao querer viver uma vida
diferente de um cidadão comum; existem drogas que estimulam, e fazem
sentir forte, sob o efeito delas, você deixa de se apresentar como
realmente é.
A compreensão dos problemas relacionado ao consumo de álcool e outras
drogas entre adolescentes deve-se estender para além da prevalência do
uso, e considerar também os diversos fatores que influenciam o
comportamento de beber. Conhecer os motivos que levam os adolescentes a
abusar do álcool e de outras drogas, é particularmente importante para a
implementação de políticas públicas de prevenção e combate ao consumo
destas, infelizmente, de vez em vez, vimos os comerciantes a venderem
bebidas alcoolicas aos menores de idades, e não se esquecendo das
publicidades enganosas por parte da midia.
O problema é muito sério e nada valem as restrições, se não houver
uma luta titânica contra as drogas, por parte da nossa ordem pública,
partindo de uma repreensão muito forte aos traficantes.
3. Experiências familiares relacionados com o comportamento anti-social
A principal causa de delinquência no ponto de vista psicológico é o
distanciamento dos pais que não conhecem o dia-a-dia de seus filhos e
nem mesmo os próprios. Já para o sociológico, a delinquência é fruto da
exclusão e da errónea privação de bens e serviços e riquezas e
benefícios.
No ponto de vista sociológico, educacional, psicológico e religioso,
os delinquentes rejeitam os valores morais, deturpam a “liberdade de
expressão”, agem conforme suas próprias vontades, não se preocupam com o
próximo, vivem de forma extravagante (libertinagem), se apegam aos
vícios, se satisfazem com a violência e ainda a pratica de forma
explícita,
Com a passagem do tempo há tendência para o indivíduo anti-social se
envolver em atos de gravidade crescente – processo de progressão do
risco ao longo da escolaridade. Dentre estes:
- Recurso frequente a castigos corporais externos;
- Recurso frequente a comportamentos coercivos e controladores;
- Tendência para reforçar comportamentos inadequados ou para ignorar ou punir comportamentos pro-sociais;
- Práticas de disciplina inconsistentes (e.g., punição severa por parte do pai; disciplina permissiva por parte da mãe).
4. Delinquência Juvenil, papel da Família e Escola
A qualidade das relações precoces e o processo de vinculação na
relação mãe-filho parecem ser fundamental na estruturação e na
organização da personalidade do ser humano. De vez em vez, a
complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades
cognitivas, linguística e afectivas, no processo de autonomia, e da
socialização, bem como na construção de valores das crianças e jovens.
Psicólogos afirmam que entre os 2 á 3 anos de idade, começam a surgir
manifestações da afirmação do ego-personalistico, nesta fase a criança
procura normalmente afirmar-se e exercer poder sobre a família, o que
frequentemente acontece pelo negativismo.
De modo simples e objetivo, essas questões visam a um aprofundamento
interior, onde os progenitores devem fazer reeducar-se para poder agir
acertadamente, apoiando e estimulando o jovem para que se liberte de
suas insatisfações.
Os pais devem de certa forma acompanhar o desenvolvimento de seu
filho, sempre, sobre tudo quando se manifesta o inicio da crise moral,
devem defender acerrimamente a questão da moral defendendo o bem do mau,
e esclarecendo seus valores, sem encafuar o certo do errado, isso é uma
atitude cômoda que pode influenciar o seu modo de ser, e libertar-se de
muitos comportamentos maquiavélicos.
Aos pais, cabe esclarecer aos filhos que a vida é um linear em busca
do desenvolvimento, e que todo caminho prevê chegar ao um fim, e a vida
não é uma eterna competição.
Neste sentido, é importante que os pais tentem colocar-se no lugar
dos seus filhos, sentindo todo aquele aparato, das suas tremendas
doidices ou confusões, afim de obter diretrizes abonatórias,
conciliadoras e orientadoras que sejam benéficas á família como parte
de um todo.
A família e a escola estão no centro da problemática em torno da
«delinquência juvenil». Esta centralidade da família e da escola nasce
da nossa convicção de que a delinquência é produto da incapacidade
dessas duas estruturas de socialização de levarem, em muitos casos, a
bom termo as responsabilidades e os deveres que socialmente lhes
competem realizar.
Fernanda Parolari Novello, diz que ‘‘os problemas da educação
precisam ser tratados com maior carinho possível, visando a uma
aproximação entre pais e filhos. Aproximação esta que deve ser
respeitosa e compreensiva para superar as dificuldades. Assim, não pode
haver por parte dos pais uma atitude de donos da verdade, bem como os
filhos não devem apresentar-se insubordinados nem contestar tudo. Como
cada um tem um pouco de razão, é preciso conversar para chegar a um
acordo’’
Vezes á, que os pais pensam que são detentores do saber e da
educação, e tentam meter de parte as opiniões de seus filhos, como pai, a
necessidade de colhermos as opiniões dos mesmo, deixar com que eles
falem tudo, as boas coisas tem de servir para ele como fonte de vida e
as más coisas levar ao barco do esquecimento.
É papel dos pais conversar sobre as dificuldades que os filhos vão
enfrentando, porque são poucos pais que conseguem confabular com o
filho adolescente, desanimam perante as muitas observações negativas a
seu respeito e sobre a maneira de educar, sem perceber que nada disso é
verdadeiro, pois que o filho precisa muito dos pais, por isso não pode
haver por partes dos pais a questão de serem os donos da verdade
absoluta, é preciso conversar para chegar a um acordo.
5. Uma Distrinção abismal entre um cidadão bandido e um bom cidadão?
Pode-se apresentar uma explicação sócio-psicológica, afirmando que as
circunstâncias em que a pessoa vive, levam-na a ser uma pessoa decente
ou indescente. Assim sendo, poderia se aprofundar a afirmação dizendo
que o ser humano é um ser psico-socio-somatico em construção.
Consequentemente é no processo de construção de sua personalidade que e a
maneira de ser ou estar num determinado lugar e sermos observados por
outros, e de sua estruturação social que o ser humano se forma como bom
cidadão ou como bandido.
Em coformidade com esses aspectos, e comumente dizer, que o homem é
fruto do meio, pelo fato de que o meio social, desempenha um papel
determinante na construção da personalidade, a personalidade forma-se
num processo interativo com os sistemas que envolvem: a família, amigos e
o grupo de pares... Ou, pior ainda, é afirmar a impossibilidade de
autodeterminação, a liberdade, o livre arbítrio. Admitindo esse
determinismo estaria se negando a capacidade e condição de escolha. E,
com isso corre-se o risco de negar a condição humana do homem! Pois uma
das características essenciais do homem é sua capacidade de escolher,
isto e, escolher o bem e o mal.
Não se está afirmar, que bandido é só o assaltante, ou talvez
traficante. Nem se está referindo aos pequenos delinquentes, ou
pequenos bandidos. Estamos falando, também, e principalmente, dos
grandes bandidos,daqueles que matam, que desviam verbas da educacao,
saúde pública, dos que roubam numa obra pública superfaturada
«impreteiros», na sinalização de trânsito mal feita.... Esses bandidos
matam ou roubam sem fazer contato físico ou visual com a vítima. E isso o
diferencia do pequeno bandido. Mesmo por que os pequenos, em geral são
movidos pela necessidade e pela facilidade.
Como têm necessidade de sobreviver e, nem sempre possuem um trabalho
digno e dignificante, lhes parece mais fácil sobreviver da delinquência.
E, neste caso, são as circunstâncias sócio-econômicas que produzem esse
tipo de delinquente. E, neste caso, o meio interfere. Além disso, neste
caso, a liberdade de escolha é bastante limitada: ou se escolhe viver
honestamente, mas de forma penosa, ou se escolhe viver um pouco melhor,
mas de forma perigosa, na delinquência, com os riscos inerentes à
atividade.
Assim sendo, vamos refletir por etapas e nos perguntar: Primeiro: o que é ser delinquente?
Sabemos que delinquente é aquele que age à margem ou fora da lei. É
aquele que pratica alguma maldade e, de alguma forma, sobrevive dela.
O que age fora da lei, ou à margem dela é por que, de alguma forma
não quer se sujeitar a elas. Ou por considerá-la inadequada, ou por
considerá-la pesada, ou restritiva ou por algum outro motivo. Refuta,
portanto o grupo social circundante, que cria a lei ou a norma. E refuta
por que o grupo não lhe é conveniente.
O grupo está se impondo e se sobrepondo ao indivíduo e ele reage
agindo fora da lei. E veja que nem mencionamos justiça, pois pode
acontecer de, em alguns casos, agir fora da lei ser uma forma de fazer
justiça.
Podemos, também, dizer que delinquente é a pessoa que pratica atos
maldosos. E também aqui podemos dizer que quem pratica atos maldosos é
por que é mau; tem tendência à maldade. E, podemos acrescentar, essa é
uma das características, marcantes, do ser humano: ser mau.
E aqui, talvez, tenhamos chegado a um ponto crucial da questão.
Talvez tenhamos chegado ao ponto em que se tenha que perguntar sobre a
essência do comportamento humano e se formos buscar uma resposta para
esse comportamento essencial chegaremos à essência maldosa. E
descobriremos que o homem age por instinto maldoso. Além dos critérios
racionais, além dos critérios sociais, além dos instintos animais, o
homem é mau.
Podemos dizer, dessa forma, que a origem da delinquência é a essência
má do ser humano. E se não somos explicitamente delinquentes é por que
nossas ações más ainda não foram percebidas. Nós, maldosamente,
praticamos nossas maldades às escondidas. Por sermos maldosos, somos
também dissimulados e escondidos aguardando o momento de darmos o bote.
Podemos até ficar indignados ao vermos outros sofrendo ou praticando alguma maldade. Mas quando chega nossa vez...
6. Comportamento Antissocial persistente
Toda e qualquer actividade agressiva, intimidatória ou destrutiva que
provoca danos à qualidade de vida de outras pessoas" (definição do Home Office britânico).
Segundo a concepção histórico-cultural todos os processos psíquicos
que desenvolve uma pessoa, foram processos que se viveram em primeiro
lugar socialmente, isto desde a sensação, percepção, pensamento, memoria
e imaginação, formam a vida intelectual do homem, e essas vivencias
socioculturais são as que mas orientam com maior ou menor força a quem a
vive para os níveis superiores, caso isso não aconteça, atônica recai
nos seguintes comportamentos antissociais:
- Manifestações antissociais precoces
- Atividade antissocial que se prolonga na idade adulta
- Representa uma fracção reduzida dos que praticam actos sociais
comportamentos antissociais que uma criança pode apresentar no futuro
- Fracas competências sociais
- Comportamento agressivo com os pares
- Comportamento disruptivo na sala de aula
- Coercivo em relação ao professor: tem atitudes de desafio da autoridade
- Relações pobres com os pares
- Aumento da agressão reativa
- Alienação, desinteresse, fraco investimento em relação à escola.
(Ferreira, 1992)
1) Pontos fortes (permitem ao delinquente explorar os outros)
- Jogos de poder: necessidade de exercer domínio e controle sobre os outros. Manipulação;
- confrontação: a comunicação do delinquente é caracterizada por omissões e por ser unilateral não tomando em consideração o ponto de vista do outro (natureza da confrontação);
- Energia: elevado nível de energia física e mental;
- falso orgulho: tendência para sobrevalorizar o carácter singular e único das suas características ou realizações (ocorre mais nos delinquentes graves e menos nos moderados);
- corrosão: processo mental que permite ao delinquente afastar ideias ou ideais que podem constituir um obstáculo à prática de crimes. É através da corrosão que o delinquente pode esquecer compromissos ou experiências de aprendizagem positivas que poderiam prevenir o ato delinquente.
2) Pontos fracos (défices em competências pro-sociais)
- Responsabilidade: desinteresse pelo comportamento responsável. Recusa o esforço para atuar responsavelmente;
- Empatia: o delinquente não tem em consideração as necessidades dos outros, ignorando o facto do seu comportamento poder prejudicar os outros;
- Pensamento: dificuldade em aprender com a experiência. Deficientes competências de resolução de problemas. Fragmentação expressa na co-existência de crenças antagónicas que se anulam por vezes a si próprias (crenças antagónicas acerca da mesma coisa);
- Contra-dependência: evitam a intimidade e depender dos outros. uma parte substancial do problema com a autoridade radica na contra-dependência;
Tensão interna: qualquer experiência emocional negativa provoca uma enorme tensão no delinquente (fugas, passagem ao acto).
3) Defesas do delinquente a beira da morte, ou frente a policia
Abandono aos atos de delinquências. O termo abandono, nem sempre tem
boa reputação. Não, lembra ele habitualmente a imagem de uma demissão
diante dos instintos?
O abandono, põe-nos na defensiva, defendemo-nos dele agitando o
espantalho da omnipotência dos instintos. Se o mal-entendido pode-se
explicar entre o abandono e a demissão, muitas vezes também uma
desconfiança real perante o delinquente, matem-se semelhante ao
mal-entendido.
Papel de vítima frente aos responsáveis, as vezes recai em
lamentações do passado, podem ser expressões de uma fuga para trás ou
para a frente. No entanto, da mesma maneira que o passado não pode
deixar os atos da delinquência indiferente, quanto aquilo que ele
atinge, assim o pensamento do futuro ocupá-lo-á muito naturalmente,
prevendo etapas, fazer planos, estabelecer pontos de partida, tudo isto
levará a realidade muito diferente.
6.1 Dinamismos socio-cognitivo na delinquência
Défices ligados aos controlo do comportamento impulsivo e agressivo
(a criança agressiva apresenta défices sócio-cognitivos (medo ao
aprender a realidade social) em diferentes momentos do processamento da
informação).
Tendência para conceber menos soluções alternativas para problemas
interpessoais (coloca-se uma hipótese de conflito e pergunta-se a
solução - as crianças agressivas propõem menos solução).
Tendência para focalizar-se nos objectivos finais (em vez de se centrar nas etapas intermédias para os atingir).
Tendência para apresentar crenças positivas acerca de agressão e
acreditar que é socialmente normativa (convicção de que a agressão é um
meio de solucionar problemas interpessoais).
Reconhecimento de menos consequências associadas aos seis comportamentos desviantes.
Maior dificuldade em compreender as causas dos comportamentos das outras pessoas.
Menor sensibilidade aos conflitos interpessoais.
Tendência para atribuir intenções hostis a relações interpessoais
neutras ou ambíguas (se mostrarmos faces com diferentes expressões
emocionais as crianças agressivas têm mais dificuldade em identificar a
expressão).
Quando não se corrige de inicio vai piorando. Quando o delinquente
chega na fase de que errado é normal, tem de se ter maior atenção porque
pode ser perigoso. O delinquente não tem categoria, não tem nível,
tanto pobre como rico pode ter o mesmo problema.
6.2 Consequências da delinquência
A morte: assassinado por policiais ou por delinquentes de gang rival.
Nunca nos enfrentamos tanto com o mistério da nossa finitude como no
momento em que nos deixas um ser querido e amado.
Se a morte parece ainda mais escandalosa quando arrebata um ser jovem
e cheio de promessas inacabadas, ela mantém sempre o caráter de uma
rotura absurda que vem vem contradizer o dinamismo da nossa vida.
Aflição por parte dos pais: porque nenhum pai quer perder o seu filho, mesmo que esse seja uma questão perturbadora para a sociedade?
Os pais sempre tencionam coisa boas para os seus filhos, quando
tentam transmitir as suas experiencias ao filho adolescente, afim de
evitar que ele sofra.
A prisão: por furtarem e roubarem os bens dos cidadãos.
A descriminação: para com os ex-presos a sociedade,
de vez em vez, é incapaz de aceita-los porque pensam que quem comete um
crime não pode socializar-se.
Assim os acontecimentos negativos, servem para levar ao
amadurecimento, e podem extrair desse sofrimento e dessa reflexão coisas
positivas e negativas que evitarão que esses momentos se repitam.
COLABORAÇÃO: AUGUSTO CAMPOS | LUANDA
PATROCÍNIO: PSICOLOGADO.COM | WIKIPEDIA
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