AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: Um tremor de terra ocorreu às 1h15 e teve a duração de 40 segundos, durante os quais as casas abanaram, o que assustou os habitantes, por desconhecerem a origem do fenómeno.
Os doentes internados no Hospital Municipal de Cassongue também sentiram a trepidação, que se deu numa altura em que a região era fustigada por vento forte seguido de trovoadas. O município do Seles, que faz fronteira com Cassongue, também sentiu os efeitos do tremor de terra. O Jornal de Angola soube no local que o administrador em exercício de Cassongue, Gabriel dos Santos, formou equipas que vão desdobrar-se pelos diversos bairros para averiguarem os danos e, ao mesmo tempo, explicarem à população que se tratou de um tremor de terra.
Ainda ao princípio da manhã, a vida voltou à normalidade em Cassongue. No município de Cassongue já se tinha registado, há cerca de dez anos, um tremor de terra, ocorrido na comuna de Dumbi.
O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) vai enviar hoje, à província do Kwanza-Sul, uma equipa técnica para avaliar o impacto da ocorrência sísmica verificada na madrugada de ontem no município de Cassongue.
O engenheiro Vasco Pedro, que prestou a informação através de um contacto telefónico feito pelo Jornal de Angola, informou que o município de Cassongue está situado na região sísmica número 2 do país, que possui seis regiões sísmicas, que convergem nas duas estruturas transcontinentais. O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora terramotos em todo o mundo, anunciou no domingo uma forte intensidade sísmica nesta região do Atlântico Sul. Um forte sismo submarino, de intensidade 7,8 na escala de Richter, foi registado no Mar da Escócia, região a sudeste da Argentina. O terramoto ocorreu no oceano, 893 quilómetros a sudoeste de Grytviken, Geórgia do Sul, e 1.140 quilómetros a sudeste de Ushuaia, na Argentina.