Adaptado por: Augusto Campos | Canal 82 | Luanda - O espaço foi pequeno para albergar todas as pessoas que acorreram ao
recinto, para assistir à estreia da peça produzida pelo projecto
“Perpetuando”, uma iniciativa de angolanos licenciados em Artes Cénicas
pelo Instituto Superior de Artes em Cuba.
Com ambiente colorido e um cenário criativo, os intérpretes convidaram o público a efectuar uma viajar no tempo até ao momento em que tudo começou a mudar, com a chegada dos portugueses a Angola.
O espectáculo, ao qual assistiu a Ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, conta a luta de Njinga Mbandi contra a submissão dos ngola aos portugueses, que além de os quererem converter ao cristianismo, ainda ambicionavam conquistar-lhes o poder.
O musical, encenado por mais de 40 actores de diversos grupos de Luanda, acompanha o percurso de Njinga Mbandi, a partir de 1622, ano em que, a pedido do seu irmão Ngola Mbandi, chefiou uma missão diplomática a Luanda, com o objectivo de negociar com o governador português. Após a morte do irmão, Njinga Mbandi assumiu os destinos dos ndongo, adoptando uma nova estratégia, assente numa aliança com os holandeses contra os portugueses. O espectáculo envolveu, além de actores, bailarinos, percussionistas, violinista, violoncelista, músicos líricos e um grupo de elementos do coro da Igreja Metodista.
José Teixeira “Chetas”, director do musical, disse que o objectivo foi criar uma peça de teatro musicada que conseguisse reflectir a história de bravura, coragem e diplomacia da Rainha Njinga Mbandi.
A ideia era transmitir à assistência a mulher de “sangue quente” que era a soberana. “Ela demonstrou, na sua trajectória política, a reputação dos ngola enquanto chefe de um povo soberano, que a colocou numa posição de destaque na luta contra os portugueses, pelo direito de salvaguardar a sua tradição, convertendo-se no principal símbolo de resistência anticolonial”.
Emissão de selos
A ministra da Cultura prometeu continuar a trabalhar no Projecto de Valorização e Divulgação das Figuras Históricas Angolanas, para que a trajectória destas personalidades seja conhecida internacionalmente. Ao falar durante o lançamento dos selos comemorativos dos 350 anos da morte de Njinga Mbandi, Rosa Cruz e Silva reconheceu ser um trabalho vasto aquele que o seu Ministério está a desenvolver com os parceiros, para a valorização de outras figuras da época pré-colonial e contemporânea.
O lançamento do selo com a figura da soberana é o culminar do programa das actividades sobre Njinga Mbandi. “É mais um instrumento de divulgação da sua história. Como sabemos, o legado de rainha ultrapassou as fronteiras de Angola”.
Ao dirigir-se aos investigadores, pediu-lhes para se interessarem pela documentação disponível, de maneira a publicarem mais livros que reflictam a sua trajectória. “Já conseguimos trazer do estrangeiro documentos digitalizados relacionados com a soberana, correspondência que manteve com governadores portugueses, papas e missionários. Ainda não conseguimos tudo, mas os primeiros passos já foram dados”.
Maria Luísa Andrade, presidente do Conselho de Administração dos Correios de Angola, disse que para a sua instituição também é uma vitória a edição de selo comemorativo da Rainha, de maneira a permitir divulgar as Figuras Históricas Angolanas. “O selo é cultura e é também um veículo de comunicação e transmissão de conhecimentos. O nosso programa é vasto na valorização e divulgação de personalidades que marcaram épocas na construção de uma Nação independente”, destacou.
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Com ambiente colorido e um cenário criativo, os intérpretes convidaram o público a efectuar uma viajar no tempo até ao momento em que tudo começou a mudar, com a chegada dos portugueses a Angola.
O espectáculo, ao qual assistiu a Ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, conta a luta de Njinga Mbandi contra a submissão dos ngola aos portugueses, que além de os quererem converter ao cristianismo, ainda ambicionavam conquistar-lhes o poder.
O musical, encenado por mais de 40 actores de diversos grupos de Luanda, acompanha o percurso de Njinga Mbandi, a partir de 1622, ano em que, a pedido do seu irmão Ngola Mbandi, chefiou uma missão diplomática a Luanda, com o objectivo de negociar com o governador português. Após a morte do irmão, Njinga Mbandi assumiu os destinos dos ndongo, adoptando uma nova estratégia, assente numa aliança com os holandeses contra os portugueses. O espectáculo envolveu, além de actores, bailarinos, percussionistas, violinista, violoncelista, músicos líricos e um grupo de elementos do coro da Igreja Metodista.
José Teixeira “Chetas”, director do musical, disse que o objectivo foi criar uma peça de teatro musicada que conseguisse reflectir a história de bravura, coragem e diplomacia da Rainha Njinga Mbandi.
A ideia era transmitir à assistência a mulher de “sangue quente” que era a soberana. “Ela demonstrou, na sua trajectória política, a reputação dos ngola enquanto chefe de um povo soberano, que a colocou numa posição de destaque na luta contra os portugueses, pelo direito de salvaguardar a sua tradição, convertendo-se no principal símbolo de resistência anticolonial”.
Emissão de selos
A ministra da Cultura prometeu continuar a trabalhar no Projecto de Valorização e Divulgação das Figuras Históricas Angolanas, para que a trajectória destas personalidades seja conhecida internacionalmente. Ao falar durante o lançamento dos selos comemorativos dos 350 anos da morte de Njinga Mbandi, Rosa Cruz e Silva reconheceu ser um trabalho vasto aquele que o seu Ministério está a desenvolver com os parceiros, para a valorização de outras figuras da época pré-colonial e contemporânea.
O lançamento do selo com a figura da soberana é o culminar do programa das actividades sobre Njinga Mbandi. “É mais um instrumento de divulgação da sua história. Como sabemos, o legado de rainha ultrapassou as fronteiras de Angola”.
Ao dirigir-se aos investigadores, pediu-lhes para se interessarem pela documentação disponível, de maneira a publicarem mais livros que reflictam a sua trajectória. “Já conseguimos trazer do estrangeiro documentos digitalizados relacionados com a soberana, correspondência que manteve com governadores portugueses, papas e missionários. Ainda não conseguimos tudo, mas os primeiros passos já foram dados”.
Maria Luísa Andrade, presidente do Conselho de Administração dos Correios de Angola, disse que para a sua instituição também é uma vitória a edição de selo comemorativo da Rainha, de maneira a permitir divulgar as Figuras Históricas Angolanas. “O selo é cultura e é também um veículo de comunicação e transmissão de conhecimentos. O nosso programa é vasto na valorização e divulgação de personalidades que marcaram épocas na construção de uma Nação independente”, destacou.