Por: Augusto Campos | Canal 82 | Luanda - Com a condenação, o antigo cirurgião-chefe das então forças
armadas sul-africanas, de 63 anos, corre o risco de perder o direito de
exercer medicina, por violar a ética médica.
“As violações da ética médica e conduta não profissional são práticas passíveis de cassação da carteira profissional”, disse Jannie Hugo, presidente do comité do HPCSA, responsável pelo dossier.
Wouter Basson está a ser processado por produção de drogas ilegais, como cápsulas de cianeto, tranquilizantes e ecstasy, que eram administradas aos prisioneiros durante o regime do apartheid. Também produziu armas químicas. Basson dirigiu o programa de armas biológicas do governo do apartheid durante 12 anos (entre 1980 e início dos anos 90). Na época, o exército sul-africano lutava contra os movimentos de libertação da África do Sul (ANC) e Namíbia (SWAPO), assim como contra os Governos de Angola, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe. O HPCSA vai determinar a sanção a aplicar a Wouter Basson em Fevereiro. Preso em 1997, três anos após as primeiras eleições democráticas na África do Sul, o julgamento de Basson começou em Outubro de 1999 no Supremo Tribunal de Pretória. Na época foram interpostos 67 processos contra Basson, sob acusação de assassinato, fraude e tráfico de drogas.
Durante o julgamento, que durou dois anos e meio, Basson tinha sido considerado o mentor de um programa bacteriológico e químico secreto chamado “Projecto Costa”, que tinha como foco desenvolver venenos para matar especificamente negros, através do vestuário, cigarros, chocolates e garrafas de uísque. A pesquisa do Doutor Morte previa ainda descobrir um veneno para reduzir a fertilidade das mulheres negras.
Wouter Basson supervisionou programas de envenenamento de combatentes da SWAPO com relaxantes musculares e água infectada com cólera, assim como ameaçou envenenar o Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu.
O Ministério Público apresentou 200 testemunhas contra Basson, que em sua defesa argumentou que apenas cumpria ordens do governo sul-africano na época do apartheid.
Basson foi absolvido das acusações em 2002 e é hoje o chefe de um consultório de cardiologia na Cidade do Cabo.
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“As violações da ética médica e conduta não profissional são práticas passíveis de cassação da carteira profissional”, disse Jannie Hugo, presidente do comité do HPCSA, responsável pelo dossier.
Wouter Basson está a ser processado por produção de drogas ilegais, como cápsulas de cianeto, tranquilizantes e ecstasy, que eram administradas aos prisioneiros durante o regime do apartheid. Também produziu armas químicas. Basson dirigiu o programa de armas biológicas do governo do apartheid durante 12 anos (entre 1980 e início dos anos 90). Na época, o exército sul-africano lutava contra os movimentos de libertação da África do Sul (ANC) e Namíbia (SWAPO), assim como contra os Governos de Angola, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe. O HPCSA vai determinar a sanção a aplicar a Wouter Basson em Fevereiro. Preso em 1997, três anos após as primeiras eleições democráticas na África do Sul, o julgamento de Basson começou em Outubro de 1999 no Supremo Tribunal de Pretória. Na época foram interpostos 67 processos contra Basson, sob acusação de assassinato, fraude e tráfico de drogas.
Durante o julgamento, que durou dois anos e meio, Basson tinha sido considerado o mentor de um programa bacteriológico e químico secreto chamado “Projecto Costa”, que tinha como foco desenvolver venenos para matar especificamente negros, através do vestuário, cigarros, chocolates e garrafas de uísque. A pesquisa do Doutor Morte previa ainda descobrir um veneno para reduzir a fertilidade das mulheres negras.
Wouter Basson supervisionou programas de envenenamento de combatentes da SWAPO com relaxantes musculares e água infectada com cólera, assim como ameaçou envenenar o Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu.
O Ministério Público apresentou 200 testemunhas contra Basson, que em sua defesa argumentou que apenas cumpria ordens do governo sul-africano na época do apartheid.
Basson foi absolvido das acusações em 2002 e é hoje o chefe de um consultório de cardiologia na Cidade do Cabo.