Por: Augusto Campos | Canal 82 | Luanda - Detenção e revista corporal da cônsul-adjunta indiana
em Nova Iorque, Devyani Khobragade, de 39 anos, deu lugar a uma onda de
indignação expressa nos media indianos, criando uma situação de tensão diplomática entre os dois países.
Khobragade foi detida na passada quinta-feira, quando
se encontrava a deixar a filha na escola, tendo sido algemada, alvo da
revista corporal e mantida numa cela com toxicodependentes, antes de ser
libertada sob caução, segundo referem responsáveis indianos, que
qualificaram o sucedido como um "tratamento desprezível e bárbaro".
A cônsul-adjunta é acusada de fraude de um visto e de
ter prestado falsas declarações para trazer a sua governanta para os
Estados Unidos.
Algo de inimaginável na Índia
A acusação alega que apesar da diplomata ter afirmado
que pagava à sua empregada indiana cerca de 4500 dólares (3300 euros)
por mês, na realidade pagava menos do que o ordenado mínimo nos Estados
Unidos (7,5 dólares por hora, cerca de 5,4 euros).
Khobragade diz-se inocente e pretende invocar a
imunidade diplomática para contestar a sua detenção, que depressa teve
grande destaque na Índia, com os canais televisivos a mostraram imagens
da diplomata com a sua família.
Na Índia, uma mulher instruída e de classe média ou
superior ser detida e revistada surge como algo quase inimaginável, a
não ser no caso de crimes muito graves.
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