A magreza do resultado, 1-0, até pode ser capaz de dar azo a
conjecturas, sobretudo para quem não viu o clássico, mas a justeza do
triunfo do 1º de Agosto de modo algum deve ser posto em causa porque os
militares, ao contrário dos tricolores, foram ao 11 de Novembro para
vencer e não tiveram receios de o demonstrar do princípio ao fim. Amaro
fez ontem a história do dérbi, aos 35´, mas se alguns dos colegas lhe
tivessem seguido os passos ainda hoje as hostes rubro-negras,
seguramente, estariam a rejubilar com uma inédita vitória gorda sobre o
rival no campeonato.
O 1º de Agosto foi argucioso na maneira como conseguiu sobreviver as fortes marcações (in)visíveis de que as suas pedras mais influentes, com realce para Matumona, estavam a sofrer, sendo esta a razão principal porque chegou ao intervalo em posição de vantagem. Privado pelo adversário de maestros para ditar o ritmo ofensivo, os militares recorreram ao poder de improviso de Papel e Amaro, curiosamente os protagonistas do lance que abriu a contagem do marcador e definiu o justo vencedor do jogo.
A bem da verdade, o golo de Amaro acabou por alterar a correlação de forças no relvado porque os tricolores pareciam estar a dominar, mas como não conseguiam colocar muitos homens na área militar, excepto nos lances de bola parada, foram sempre incapazes de criar ou até mesmo desfrutar de boas oportunidades para marcar – Kembua foi, enquanto jogou, uma ilha encravada entre Kaly e Dani Massunguna.
A dupla mexida efectuada por José Dinis nos 10 minutos iniciais da etapa complementar acabaram por beneficiar mais o 1º de Agosto do que o Petro de Luanda, mas engana-se quem concluir que assim aconteceu porque Mabululu e Ashiapong, avançados que lançou, não eram nem peixe nem carne. Sem querer, o técnico tricolor ajudou a soltar Chilesche e sobretudo o génio Matumona.
Sem a mordaça das marcações, Chara já não estava por perto, Matumona apareceu no clássico e o Petro de Luanda nunca teve oportunidades de sequer cheirar o empate, não porque estava cansado, como aparentou, mas porque o esquerdino encheu o campo com arrancadas que apenas não engordaram o placar porque ele não podia ser “garçon e cliente” ao mesmo tempo.
A qualidade de Matumona abalou os alicerces da confiança tricolor, mas Kalulika nunca foi capaz de aproveitar o desnorte do rival para aplicar os tão ansiados golpes fatais, o médio conseguiu falhar num minuto duas oportunidades flagrantes para marcar.
ARBITRAGEM
Bom trabalho
Mesmo sem lances polémicos para resolver o árbitro Paulo Talaia demonstrou que lhe faltava mais alguma coisa para merecer apitar o jogo mais apetitoso do campeonato. De maneira errada ele tentou resolver situações disciplinares com o diálogo e deu azo a que os jogadores aproveitassem a permissividade para fazerem o que lhes apeteceu, pois sabiam que do seu bolso sairia tudo menos o amarelo. Os tricolores aproveitaram a tremura de Wilson Ntyamba, levantou a bandeira mais depois a baixou, para fazerem em vão uma mesa redonda com o árbitro. Apenas Paulo Talaia é capaz de explicar porque não fez ouvidos moucos aos protestos e mandou reatar a partida, afinal ele até não teve dúvidas da posição legal de Amaro, por isso apontou de imediato para o centro.
O 1º de Agosto foi argucioso na maneira como conseguiu sobreviver as fortes marcações (in)visíveis de que as suas pedras mais influentes, com realce para Matumona, estavam a sofrer, sendo esta a razão principal porque chegou ao intervalo em posição de vantagem. Privado pelo adversário de maestros para ditar o ritmo ofensivo, os militares recorreram ao poder de improviso de Papel e Amaro, curiosamente os protagonistas do lance que abriu a contagem do marcador e definiu o justo vencedor do jogo.
A bem da verdade, o golo de Amaro acabou por alterar a correlação de forças no relvado porque os tricolores pareciam estar a dominar, mas como não conseguiam colocar muitos homens na área militar, excepto nos lances de bola parada, foram sempre incapazes de criar ou até mesmo desfrutar de boas oportunidades para marcar – Kembua foi, enquanto jogou, uma ilha encravada entre Kaly e Dani Massunguna.
A dupla mexida efectuada por José Dinis nos 10 minutos iniciais da etapa complementar acabaram por beneficiar mais o 1º de Agosto do que o Petro de Luanda, mas engana-se quem concluir que assim aconteceu porque Mabululu e Ashiapong, avançados que lançou, não eram nem peixe nem carne. Sem querer, o técnico tricolor ajudou a soltar Chilesche e sobretudo o génio Matumona.
Sem a mordaça das marcações, Chara já não estava por perto, Matumona apareceu no clássico e o Petro de Luanda nunca teve oportunidades de sequer cheirar o empate, não porque estava cansado, como aparentou, mas porque o esquerdino encheu o campo com arrancadas que apenas não engordaram o placar porque ele não podia ser “garçon e cliente” ao mesmo tempo.
A qualidade de Matumona abalou os alicerces da confiança tricolor, mas Kalulika nunca foi capaz de aproveitar o desnorte do rival para aplicar os tão ansiados golpes fatais, o médio conseguiu falhar num minuto duas oportunidades flagrantes para marcar.
ARBITRAGEM
Bom trabalho
Mesmo sem lances polémicos para resolver o árbitro Paulo Talaia demonstrou que lhe faltava mais alguma coisa para merecer apitar o jogo mais apetitoso do campeonato. De maneira errada ele tentou resolver situações disciplinares com o diálogo e deu azo a que os jogadores aproveitassem a permissividade para fazerem o que lhes apeteceu, pois sabiam que do seu bolso sairia tudo menos o amarelo. Os tricolores aproveitaram a tremura de Wilson Ntyamba, levantou a bandeira mais depois a baixou, para fazerem em vão uma mesa redonda com o árbitro. Apenas Paulo Talaia é capaz de explicar porque não fez ouvidos moucos aos protestos e mandou reatar a partida, afinal ele até não teve dúvidas da posição legal de Amaro, por isso apontou de imediato para o centro.