segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ANGOLA - VIOLÊNCIA POLICIAL EM INVESTGAÇÃO PELA HUMAN RIGHT WATCH


Mercados de Luanda, como o célebre Roque Santeiro em 2010, foram encerrados ou transferidos nos últimos anos. Em 2012, o governo provincial decretou o fim das vendas de rua. A polícia intensificou a pressão sobre os vendedores ambulantes. E os episódios de violência tornaram-se mais frequentes. A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) dedica o seu mais recente relatório sobre Angola, publicado esta segunda-feira, a este universo dos vendedores de rua – constituem uma parte importante da população de Luanda e da população mais pobre.
A violência das autoridades é denunciada e descrita no contexto mais vasto de uma violência social contra pessoas em situação vulnerável, sob a ameaça de figuras da autoridade do Estado, sem conhecimento dos seus direitos e sem alternativa de sustento que não seja a zunga. Zunga, é como se chama a venda ambulante em Angola. A ela se dedicam essencialmente mulheres, conhecidas como zungueiras. Muitas vivem na “pobreza extrema”.
As vendas de rua são o seu principal – se não único – sustento. Mesmo grávidas ou carregando os filhos pequenos às costas, são agredidas pela polícia, denuncia a HRW no relatório de 38 páginas. Desde que, em Outubro de 2012, o governador provincial de Luanda, anunciou novas medidas para acabar com a venda informal nas ruas da capital, a polícia intensificou a repressão, conclui o documento publicado esta segunda-feira e que reproduz testemunhos. Partilha com amigos…
AUGUSTO CAMPOS | KAMPUS CANAL 82 | LUANDA