AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 12 Outubro 2015:
Não é Harvard, nem Oxford, nem o MIT (Massachussets Institute of Technology), nem mesmo Stanford, nos EUA. Estas são muito conhecidas, mas a universidade nº 1 do mundo é Caltech, o Instituto de Tecnologia da Califórnia. E não é de agora - pelo menos há 5 anos seguidos que a Caltech aparece no lugar cimeiro do ranking da prestigiada publicação britânica “Times Higher Education”. Em 2º lugar vem Oxford (Reino Unido) e em 3º Stanford (EUA), entre as 800 instituições analisadas em 70 países.
Discreta e recatada, desconhecida para muitos, Caltech foi fundada em 1891 e tem por mote “The truth shall make you free” (“A verdade libertar-te-á”). Privada, com um total de apenas 2209 alunos e propinas de €37.000, esta universidade não é para quem quer, é para quem pode. As turmas não têm mais de 9 alunos (não, não é gralha...) e dos 87% que terminam os estudos quase todos integram imediatamente o mercado de trabalho, com um salário médio anual de 59.306 euros.
Um dos segredos do sucesso da faculdade parece ser o seu reduzido número de alunos. Mas isso é voluntário. Ao receber poucos estudantes, acabam por ter um pequeno grupo dos melhores alunos do mundo. Um em quatro novos estudantes é estrangeiro.
Na sua história, a Caltech orgulha-se de ter 34 vencedores do Prémio Nobel, 71 vencedores da medalha nacional de ciência e tecnologia na América e um vencedor da madalha Fields, o equivalente ao Nobel da Matemática (Stanislav Smirnov, em 2010). Ah, e conta também entre os seus antigos estudantes com o único homem que recebeu dois prémios Nobel, Linus Pauling. Em 1954, este ex-Caltech ganhou o Prémio Nobel da Química e em 1962 o Prémio Nobel da Paz, pela sua luta contra as armas nucleares.
Com um forte ênfase nas ciências e engenharias, a Caltech tem 6 polos principais e foca-se essencialmente na investigação e ciências aplicadas. O Laboratório da Nasa de propulsão a jato está instalado nesta instituição desde que em 1936 um grupo de estudantes da Caltech começou a fazer experiências com foguetões. A propriedade de 50 hectares alberga diversos edifícios de astrofísica, biologia, física, matemática, ciência e tecnologia e química.
