AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: Irreconhecível, a selecção espanhola voltou a perder e viu ficar consumada a eliminação no Mundial 2014. Frente ao Chile, a roja
 foi tão inofensiva quanto tinha sido frente à Holanda, na primeira 
jornada do Grupo B (1-5). Lenta, desorientada, sem ideias, a Espanha 
sofreu a segunda derrota no torneio (0-2) e já não tem hipóteses de 
chegar aos oitavos-de-final. Os espanhóis foram presa fácil para a muito
 dinâmica e raçuda equipa chilena, que não deu nenhum lance por perdido e
 correu no limite das forças até ao final. Chile e Holanda disputam, na 
última jornada, o primeiro lugar da classificação. A Espanha fará as 
malas logo a seguir a enfrentar a Austrália, numa partida em que nada 
está em jogo.
No mesmo cenário onde há um ano caiu na final da 
Taça das Confederações, frente ao Brasil (0-3), a selecção espanhola 
assinou a certidão de óbito de um período de hegemonia no futebol 
mundial. A campeã mundial e bicampeã europeia em título protagonizou uma
 passagem desastrosa por este Campeonato do Mundo, não conseguindo 
disfarçar o declínio em que entraram vários dos seus jogadores. Da 
defesa ao ataque, ninguém esteve ao nível exigido: foi tão gritante a 
intranquilidade de Casillas como a incapacidade de Diego Costa fazer 
frente aos defesas adversários e aos cânticos com que as bancadas o 
visaram.






