AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: "Njinga-Rainha de Angola” é uma viagem ficcionada pela história de Angola do século XVII, que retrata a vida de uma mulher sem medo que defendeu durante 40 anos a independência dos reinos do Ndongo e da Matamba.
A rainha, que nasceu em 1582, em Cabassa, interior de Matamba, era filha do rei dos umbundos no território Ndongo e morreu em 1663. Njinga Mbande foi a certa altura enviada a Luanda pelo meio-irmão Ngola Mbandi, que era o rei, para negociar com os portugueses. A soberana foi recebida pelo governador-geral a quem propôs a devolução de territórios em troca da sua conversão ao cristianismo. Acabou por ser baptizada com o nome de Ana de Sousa.
A produção, da Semba Comunicação, mereceu elogios por parte dos espectadores brasileiros, já que, como muitos afirmaram, permite ter uma visão aproximada dos contornos que envolveram o tráfico de escravos a partir do actual território de Angola para as Américas, incluindo o Brasil.
O filme, que já estreou em Angola, vai ser exibida noutras cidades do Brasil, designadamente Salvador e Brasília, sendo que nesta última cidade integrara o programa de películas a exibir no quadro da semana de cinema angolano a decorrer na capital brasileira, sob responsabilidade da embaixada de Angola, no quadro da celebração dos 12 anos de Paz, que se assinalam dia 4 de Abril.
