sexta-feira, 14 de abril de 2017

Produção de petróleo registou queda em Março de 2017



A produção petrolífera angolana voltou a descer em março, o equivalente a 18,7 mil barris diários, mas o país continua a ser líder entre os produtores africanos, segundo dados da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
  
De acordo com o último relatório mensal da OPEP, com dados baseados em fontes secundárias da Organização e compilados hoje pela Lusa, Angola atingiu em março uma produção diária média de 1,614 milhões de barris de crude, face aos 1,633 milhões de barris do mês anterior.
  
A Nigéria, principal concorrente juntamente com Angola ao topo da liderança da produção petrolífera no continente, viu a produção descer em 29,8 mil barris diários, depois de aumentos nos dois meses anteriores, reduzindo agora para 1,545 milhões de barris por dia, continuando por isso atrás do registo angolano.
  
A produção na Nigéria tem sido condicionada por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna, sobretudo no primeiro semestre de 2016, com Angola a chegar desde então ao topo dos produtores africanos, por entre algumas oscilações.

Entretanto, o acordo alcançado entre os países produtores de petróleo, para reduzir a produção e fazer aumentar os preços, obrigou Angola a cortar 78 mil barris de crude por dia com efeitos desde 01 de janeiro, para um limite de 1,673 milhões de barris diários.
  
O mesmo relatório da OPEP refere que em termos de «comunicações diretas» à organização, Angola terá produzido 1,652 milhões de barris de petróleo por dia (um aumento de 3.000 barris diários de fevereiro para março), enquanto a Nigéria não terá passado os 1,269 milhões de barris diários (menos 156 mil barris por dia).
  
O documento acrescenta igualmente dados sobre as compras de petróleo pela China no mês de fevereiro, com Angola (embora reduzindo de 15 para 10% do total no espaço de um mês) a ser dos principais fornecedores, juntamente com a Arábia Saudita (15%) e Rússia (14%).
  
Angola enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas.
  
Em menos de dois anos, o país viu o barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre de 2016, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças. Desde o início do ano que as vendas de petróleo angolano estão acima dos 50 dólares por barril.

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