Como gesto de mostrar transparência, o Fundo Soberano de Angola assumiu, recentemente, através de um comunicado publicado no seu website ter assinado um contrato de USD 48.026 milhões com a empresa "Benguela Development SA" para construção da Academia de Gestão Hoteleira de Angola, bem como a gestão das suas operações entre Outubro de 2015 e Janeiro de 2019.
“A referida academia encontra-se em funcionamento e está localizada na província de Benguela, onde lecciona programas ligados à hospitalidade a estudantes nacionais que aspiram a uma carreira neste ramo.”, realça o comunicado.
De acordo com documentos em posse do Club-K, a Benguela Development SA empresa contratada para a construção da Academia de Gestão Hoteleira de Angola foi criada aos 26 de Outubro de 2007, em Luanda por Jean Claude de Morais Bastos, como mandatário de José Filomeno de Sousa dos Santos.
Isto é, o Fundo Soberano de Angola contratou uma empresa privada do seu Presidente de Conselho de Administração, José Filomeno de Sousa dos Santos para construção de uma obra de 48 milhões de dólares, em violação a lei da probidade pública (ao artigo 25) que proibi os gestores públicos de usarem os seus cargos para fazer negócios consigo próprio.
Não obstante ter violado a lei da propriedade publica, há também suspeitas de sobrefacturação, uma vez que empresários em Benguela tem explicado em fóruns próprios que com 5 milhões de dólares, um outro construtor local conseguiria fazer o que a empresa de Zenú construiu com 48 milhões de dólares de dólares americanos do Fundo Soberano.
“O edifício da nova sede da EPAL em Luanda custou 7 milhões de dólares, aos cofres do Estado como é que a Academia de Gestão Hoteleira de Angola com a mesma dimensão custou 48 milhões de dólares”, questionou um empresário indignado que solicitou o anonimato.
Desde que assumiu a gestão do Fundo Soberano de Angola, o seu PCA Zenu dos Santos tem sido frequentemente acusado de praticas de corrupção e lavagem de dinheiro. A denuncia mais recente foi feita pelo jornalista Rafael Marques respeitante a construção do Porto de Caio, em Cabinda, com custo de 540 milhões de dólares. A empresa contratada é a Caioporto SA, pertencente ao “testa de ferro” de Zenú, Jean Claude de Morais Bastos, constituindo assim favorecimento e trafico de influencia.
Tag: Angola, Fundo Soberano Zenu dos Santos.
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