Dirigentes do Sindicato de Professores de Angola (SINPROF) reúnem-se neste sábado, 22, em Luanda para analisarem medidas do Governo face às reivindicações dos professores.
Enquanto isso, o sindicato acusa dois governos provinciais de levarem a cabo actos de intimidação contra os professores.
Os professores angolanos estiveram em greve na primeira semana de Abril e o presidente do SINPROF Guilherme Silva disse à VOA nesta sexta-feira, 21, considerar "insignifcantes" as medidas do Governo.
“Mas vamos analisá-las em conjunto para tomarmos uma posição sobre se avançamos ou não para a segunda fase da greve interpolada”, disse o sindicalista, que convocou uma reunião da organização para amanhã.
Guilherme Silva afirmou ainda estarem a registar-se actos de intimidação de professores nas províncias da Lunda Sul e Kwanza Sul.
Na Lunda Sul, o representante provincial do sindicato e “outros quadros foram suspensos da actividade de docência”.
“O director provincial da Educação da Lunda Sul viola sistematicamente a constituição e a lei da greve e as autoridades fazem da gestão da educação naquela província como se estivéssemos num Estado federado, onde não existe ordem ou como se estivéssemos numa república das bananas”, acusou Silva.
No Kwanza Sul, professores de vários municípios “foram intimados pelo Serviço de Investigação Criminal e levados das suas casas até à polícia para prestarem declarações", acrescentou.
“Estão a exigir dados pessoais e filiação partidária, o que é uma violação grave à constituição já que o sindicato é uma organização independente de poderes políticos, partidários, do patronato e de confissões religiosas,” lembrou o presidente do SINPROF para quem estes actos se destinam “a coagir e intimidar os professores a não avançarem para uma próxima paragem”.
Guilherme Silva acusou também o director provincial da Educação no Kwanza Sul de estar a “exarar os coordenadores de disciplina, de turno, bem como de directores que aderiram à greve”.
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