Um gabinete holandês foi escolhido para a reabilitação da Marginal da Corimba,para elaborar um projeto que até 2019 prevê conquistar ao mar uma área de 400 hectares.
Um gabinete holandês foi escolhido pelas empresas responsáveis pela reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, para elaborar um projeto que até 2019 prevê conquistar ao mar uma área de 400 hectares para construção de uma autoestrada e marinas.
Segundo informação disponibilizada pelo Royal Haskoning DHV, a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira, este gabinete foi selecionado pelo consórcio formado pelas empresas Urbeinveste Projetos Imobiliários, da empresária Isabel dos Santos, e Van Oord Dredging and Marine Contrators, para desenhar o projeto técnico de uma obra avaliada em mais de mil milhões de euros.
A nova área vai nascer num litoral de 10 quilómetros, a sul de Luanda, e servirá para a construção da autoestrada da Marginal da Corimba, além de um porto de pesca, marina e imobiliário.
“O objetivo principal deste projeto é melhorar a vida em Luanda, uma cidade que enfrenta enormes desafios de infraestruturas causados pelo seu rápido crescimento populacional. A nova autoestrada reduzirá o congestionamento do tráfego e o novo porto de pesca proporcionará uma base melhorada e segura para os pescadores locais, um comércio vital em Angola”, explicou o diretor da Royal Haskoning DHV, Gertjan Schaap.
Aquele gabinete tem até janeiro de 2018 para entregar o projeto detalhado da obra e a construção deverá estar finalizada em meados de 2019.
Em concreto, esta componente dos trabalhos, encomendados pelo Governo angolano, está avaliada em quase 410 milhões de euros, envolvendo a conquista ao mar daquela área, posteriormente a proteger com “vários revestimentos de rocha e quebra-mares”, segundo informou anteriormente a empresa, também holandesa, Van Oord, responsável, dentro do consórcio, pelos trabalhos.
Em causa está um contrato para a obra de dragagens, remoção de terra e proteção da costa da marginal da Corimba, adjudicado em 2016, por despacho presidencial, ao consórcio formado pela Urbeinveste e a Van Oord Dredging and Marine Contrators.
Uma informação anterior da Van Oord referia que o projeto Marginal da Corimba pretende “revitalizar a área de Samba, Corimba e Futungo de Belas “com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população”, numa província com quase sete milhões de habitantes e onde o trânsito diário é caótico, sobretudo entre o centro e a periferia.
“Contribuirá para uma melhor acessibilidade da cidade de Luanda, bem como para ajudar a resolver os desafios da urbanização, de forma sustentável”, assegura a empresa holandesa.
“O número crescente de habitantes e veículos exige a expansão da cidade de Luanda e soluções para aliviar os problemas de congestionamento atual”, reconhece ainda a Van Oord.
A Lusa noticiou em novembro que o banco holandês Ing vai financiar com mais de 430 milhões de dólares (405 milhões de euros) o projeto público de reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, segundo um despacho presidencial que autoriza o negócio.
A intervenção na Corimba envolve uma segunda empreitada, que consiste na construção propriamente dita de reabilitação e acessibilidades, a realizar em consórcio pelas empresas Landscape e China Road and Bridge Corporation Angola, por 690,1 milhões de dólares (656 milhões de euros).
Para retirar pressão ao transporte rodoviário em Luanda, o Governo angolano está a criar corredores específicos para autocarros, reforçando também a oferta de transporte público através de linhas de catamarãs até ao centro da capital.
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