A cooperação entre Angola e os Estados Unidos no domínio da Defesa, sobretudo a participação das tropas angolanas no exercício “Obangame Express 2017”, dominou ontem, em Luanda, a audiência concedida pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, à embaixadora Helena la Lime.
Em declarações à imprensa, no final da audiência, Helena La Lime referiu que o exercício está a ser liderado pelo Comando Militar Norte-Americano para a África (Africom) e está focalizado na área da segurança marítima.
O exercício militar “Obangame Express 2017”, que decorre até 31 de Março, visa testar as forças marítimas em operações navais e aumentar a capacidade e agilidade dos países do Golfo da Guiné, no combate às ameaças na região.
Além de Angola, participam Cabo Verde, Costa do Marfim, Ghana, Togo, Benin, Camarões, Nigéria, Gabão, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, República do Congo, Senegal, Guiné Conacri e Serra Leoa. Há dois anos, Angola em parceria com os Estados Unidos da América e a Itália, acolheu em Luanda, a conferência internacional sobre ‘Segurança marítima e energética’. “A partir desta conferência, houve um novo impulso da parte angolana através da Declaração de Luanda, em que Angola assumiu o papel de líder no esforço de assegurar a região do Golfo da Guiné”, lembrou a embaixadora norte-americana. Helena La Lime, que foi recebida em audiência por João Lourenço pela segunda vez, num intervalo de 20 dias, informou que visitou a Base Naval na terça-feira. A sua presença no local, disse, permitiu verificar o centro de comunicações estabelecido e a maneira como Angola trabalha, para assegurar o trabalho conjunto dos países da região do Golfo da Guiné, no combate à pirataria, pesca e à imigração ilegal e para manter a segurança na região. “É impressionante e é o exemplo do que pode ser atingindo quando dois países trabalham em conjunto”, realçou.
Helena La Lime assegurou que o seu país está aberto para receber mais angolanos com o propósito de formação, seja através de conferências, seja para cursos de longa duração nas escolas de guerra americana. A diplomata norte-americana apontou como um dos requisitos de ingresso a fluência na língua inglesa. Em relação ao quadro das relações bilaterais, Helena la Lime considerou fortes, “por vezes com diferenças de opiniões.”
“Temos uma relação em que podemos discutir de tudo. Ambos países defendem os seus interesses, mas há muita área comum onde agora aproveitamos para trabalhar em conjunto”, disse a embaixadora dos Estados Unidos em Angola.
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