Gelson Dala, 20 anos, foi uma das contratações do Sporting ao 1.º de Agosto em Janeiro, juntamente com Ary Papel, que seguiu viagem para Moreira de Cónegos para representar o clube local por empréstimo dos leões até final da temporada.
O avançado chegou com rótulo de sucesso à Academia, depois de se ter sagrado melhor marcador do Girabola, mas, para que a sua integração ao futebol europeu fosse efectuada progressivamente, a estrutura do futebol leonino decidiu inclui-lo na equipa B.
O período de aprendizagem do angolano tem decorrido de forma muito satisfatória e prova disso são os três golos marcados até ao momento em oito jogos da equipa agora orientada por Luís Martins.
No último encontro, diante do Aves, Jorge Jesus marcou presença a assistir ao encontro e terá aproveitado para, uma vez mais, tirar notas sobre a promessa angolana num contexto competitivo.
O treinador já viu o jogador em acção em alguns treinos e reconhece-lhe valor, mas está consciente de que é necessário que evolua em alguns aspectos, nomeadamente nos tácticos, para que possa ser integrado no plantel principal na próxima temporada.
Apesar das dificuldades iniciais, por ter vindo do Verão angolano directamente para o Inverno português, Gelson faz lentamente o seu caminho. Não tem pressa. Conversa com os capitães de equipa, pede conselhos, desfruta ao máximo o que a Academia e o Sporting lhe dão, como quem vive um sonho. “O melhor do mundo foi feito aqui. Todos sabem em Angola que dimensão tem este clube. No 1.º de Agosto, por exemplo, há muitos, mas mesmo muitos sportinguistas. Sentimos o emblema como qualquer outro adepto. Ficariam admirados se pudessem ver.”
Gelson avalia-se como um avançado móvel. Já jogou várias vezes a ponta-de-lança, mas sente-se melhor a jogar nas costas do n.º 9. “Gosto mais de vir buscar jogo atrás. Mesmo quando entrava como avançado de raiz, a substituição que normalmente se fazia era a saída de um médio por um ponta de lança, passando eu a jogar nas suas costas. Notava-se a diferença”, relembra dos seus tempos de Angola. Escolheu o 57 para a sua camisola, porque no 1.º de Agosto era o 27. Não que goste do 7. “Sempre que puder escolher, serei sempre o 27”, afirma convicto. A verdade é uma: o 27 vem sempre atrás do 28.
Gelson Dala é sportinguista desde sempre. Era com a listada verde e branca que jogava à bola com os amigos nas ruas do bairro do Golfo, juntamente com Ary Papel. “O mesmo bairro onde jogou Bastos, agora na Lazio. Em quatro edições dos torneios, ganhei dois: melhor jogador e melhor marcador. O equipamento sempre foi lindo e era um orgulho jogar com ele. Foi assim crescendo o sentimento que já era enorme”, relembra o jogador.
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