O Ministério das Relações Exteriores solicitou ontem aos chefes dos postos consulares das missões diplomáticas em Angola a melhorarem o processo de concessão de vistos e a tratarem os cidadãos angolanos com dignidade.
De acordo com o director geral do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares do Ministério das Relações Exteriores, João Fortuna Pessela, apesar de se registarem algumas melhorias no atendimento, os postos consulares das missões diplomáticas em Angola devem “afinar mais” os serviços.
Angola, frisou, tem trabalhado no sentido de oferecer melhores serviços aos estrangeiros nos diferentes consulados. Neste momento, referiu, está a finalizar o trabalho da uniformização do modo de actuação dos vários consulados. Para melhor compreender o mau atendimento e a recusa de vistos a cidadãos nacionais, em algumas representações diplomáticas, o Ministério das Relações Exteriores, através do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares, realizou ontem uma reunião com os chefes dos postos consulares das missões diplomáticas acreditadas em Angola.
O director geral do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares referiu, contudo, que a questão da não concessão de vistos aos cidadãos não afecta a boa relação existente entre os países. João Fortuna Pessela explicou que a concessão de vistos obedece a regulamentos e requisitos próprios de cada país. Mas, acrescentou, desde que observados estes requisitos, não há motivos para a recusa do visto solicitado.
João Fortuna Pessela lembrou que o Ministério das Relações Exteriores tem conhecimento de que muitas das solicitações de vistos recusadas são devidas ao facto de os dados apresentados no acto de solicitação não coincidirem com o momento da entrevista do interessado. “Em muitos casos, não são os próprios interessados em viajar a tratarem dos documentos. Deixam esta tarefa a outra pessoa, que prepara e emite a solicitação de visto, junto do consulado, e na hora da entrevista, nem sempre coincidem”, esclareceu.
De recordar que nos últimos tempos têm surgido, através da imprensa, reclamações de cidadãos, pela forma como são atendidos e pela recusa de concessão de vistos solicitados. João Fortuna Pessela garantiu que o Ministério pretende auscultar os chefes dos postos consulares das missões diplomáticas acreditadas em Angola para prestar, posteriormente, o devido esclarecimento aos cidadãos angolanos de como devem preparar os processos, sem que sejam recusadas as solicitações de visto e sobretudo para que os assuntos sejam tratados em fórum próprio e fora da imprensa.
Para João Fortuna Pessela, a reunião serviu ainda para dar oportunidade aos chefes dos postos consulares das missões diplomáticas de apresentarem as dificuldades que enfrentam no exercício da actividade diplomática em Angola.
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