sábado, 18 de março de 2017

Angola acreditam novos embaixadores da Finlândia, Grécia, Lituânia, Nova Zelandia



O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, acreditou ontem os novos embaixadores da Finlândia, da Grécia, da Lituânia e da Nova Zelândia. Todos não residentes.

Em cerimónias separadas, o Chefe de Estado recebeu as cartas credenciais de Anne Kristina Salorata, da Finlândia, Siguté Jakstonyté, da Lituânia, Michael Gerrard Burrell, da Nova Zelândia, e Georgios Veis, da Grécia.

As cerimónias tiveram a presença do ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Hélder Vieira Dias, o ministro e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e secretários dos órgãos auxiliares do Presidente da República.

O Presidente José Eduardo dos Santos recebeu quinta-feira as credenciais de Lawrence Chama Chalungumana, da Zâmbia, Hironori Sawada (Japão), Zsolt Maris (Hungria) e Michal Kral (República Checa). O embaixador da Hungria, que é o único não residente dos acreditados na quinta-feira, anunciou que o seu Governo aumentou para 20 o número de bolsas de estudo gratuitas para estudantes universitários angolanos e pretende duplicar esta cifra, em função das necessidades de Angola. Zsolt Maris prometeu trabalho para dinamizar a cooperação nas áreas da educação, agricultura e desenvolvimento de infra-estruturas. 
O diplomata húngaro pretende que mais empresas do seu país participem no processo de desenvolvimento de Angola, investindo em áreas como distribuição de energia, numa altura em que se aproxima o arranque da produção da Barragem de Laúca. 

 Hironori Sawada, do Japão, expressou o desejo do Imperador Akhiito de reforçar a cooperação com Angola. O embaixador disse que o que existe entre Angola e o Japão em termos de cooperação tem margem para evoluir. Sawada vê no esforço das autoridades angolanas para diversificar a economia uma oportunidade para que os dois países possam trabalhar juntos e prosperar.

Reforçar a cooperarção

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, destacou o respeito mútuo e o desejo de reforçar a cooperação como “pontos comuns” nas mensagens dos novos embaixadores acreditados em Angola. “São países com quem temos boas relações. Mesmo aqueles que estão a mandar os seus embaixadores pela primeira vez, como residentes ou não”, disse.
Georges Chikoti disse também ser unânime a avaliação destes países em relação a ter Angola como um “parceiro na região” e o quão determinante tem sido o Presidente José Eduardo dos Santos para a estabilidade também no continente africano.  “Todos reconheceram o grande desempenho de Angola no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que tem sido na Conferência Internacional para Região dos Grandes Lagos e o que foram os esforços do Presidente da República para a estabilizar e libertar a região, tendo em conta o que ocorreu na África do Sul, com o fim do apartheid, e na Namíbia”.

Porta para o continente

Chikoti disse ser comum que outros países interessados em desenvolver os seus interesses na região e no continente escolham Angola para servir de ponte ou apenas obter conselhos sobre como se guiar pelo continente.  Quanto à cooperação bilateral, destacou o desejo dos novos embaixadores de explorar áreas para investir e trabalhar em conjunto na identificação de oportunidades. “Alguns deles estão a abrir oportunidades de cooperação, na área de formação de quadros, na língua inglesa, enfim. Creio que vamos aproveitar todas essas oportunidades”, disse Chikoti.
O ministro anunciou que visita proximamente a Austrália e Nova Zelândia, no quadro de uma estratégia que visa uma maior atenção a outras regiões. 

Relações com Portugal

Instado a comentar sobre o actual momento das relações com Portugal, Chikoti considerou “importante que olhemos para Portugal como um parceiro”, mas defendeu que as “relações só podem ser boas se houver respeito e reciprocidade de tratamento”.  Para o ministro das Relações Exteriores, há sempre como fazer com que os assuntos sejam tratados em espaços próprios, como mandam as leis em qualquer Estado. “Mesmo que seja a comunicação social, não se vê cá ataques nem a dirigentes nem a países, porque isso não é correcto.” 

Georges Chikoti lembrou que a separação de poderes é um princípio fundamental das democracias e “em Angola, como em qualquer outro país, é assim que funciona”. “Mesmo em casos em Angola que envolvam cidadãos portugueses, seja qual for a sua condição, é dado tratamento dentro das instâncias judiciais competentes e nunca transformados em matéria para julgamento público a partir da imprensa.”

O futuro das relações, disse, “só pode ser melhor se essas questões melhorarem”. “Não se pode criar eventos que não são fundados e são tratados pela imprensa da forma como se tem feito”, assinalou.

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