A taxa de inflação em Angola, a 12 meses, desceu em janeiro para 39,6%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano a que a Lusa teve hoje acesso.
De acordo com o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, os preços subiram de dezembro para janeiro mais 2,25%, em termos nacionais (e 2,29% em Luanda), na linha dos meses anteriores, mas abaixo dos quase 4% de julho.
Entre janeiro e dezembro de 2016 os preços em Angola subiram praticamente 42%, segundo os relatórios anteriores do INE com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).
Agora, no relatório relativo a janeiro, o IPCN identifica uma inflação acumulada nacional, a um ano, de 39,66%, influenciada essencialmente pelo setor da educação, face ao início do novo ano escolar (fevereiro), neste caso com aumentos de mais de 15%.
Este registo ainda está acima da previsão de 15,8% de inflação para todo o ano que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado de 2017.
Depois de um ligeiro recuo, a inflação em Angola voltou a acelerar, embora ligeiramente, a partir de outubro de 2016.
Desde praticamente setembro de 2014 que a inflação em Angola não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionar vendas.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou a 03 de fevereiro um "novo programa macroeconómico executivo", cuja estratégia "visa atacar com prioridade a inflação, para a reduzir de modo significativo", bem como a "diversificação e o aumento das exportações e das receitas fiscais".
As subidas de preços no último mês em Angola foram lideradas pelas províncias da Lunda Norte (3,18%), Cuanza Norte (3,07%), Namibe (2,49%) e Cuanza Sul (2,38%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias do Bié (1,93%), do Moxico (1,95%) e Cunene (1,97%).
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