O espectáculo do futebol a nível nacional estará de volta, a partir de sexta-feira (dia 10), com o arranque da 39ª edição do campeonato nacional da primeira divisão, Girabola, cuja luta pelo troféu e consequente conquista nos últimos 10 anos prende-se a Luanda e Cuanza Sul, apesar do caris nacional da prova.
Três meses depois da edição anterior e cinco dias após a Supertaça, provas ganhas pelo 1º de Agosto, eis que os adeptos da modalidade voltam a ter a oportunidade de acompanhar e apoiar, de perto, os seus clubes e ídolos na maior competição futebolística do país, aguardando, entre vários atractivos, por qualidade acima da média.
Dezasseis participantes, em representação de nove províncias, ocupar-se-ão da “festa”, durante dez meses (Fevereiro/Novembro), na tentativa de alcançar os objectivos a que suas direcções se propuseram, esperando-se que venham a corresponder à expectativa dos aficionados, enquanto o público é chamado à presença massiva, levando consigo aos campos alegria, cor, dança e sobretudo fair play.
A excepção do Libolo, fez a pré-época em Portugal, os demais prepararam-se no território nacional.
As equipas reforçaram-se preferencialmente com a prata da casa e boa parte delas afirma lutar pelo troféu, em período de elevadas dificuldades financeiras, mas há também aquelas que, dentro da sua modéstia, traçaram como meta o meio da tabela classificativa ou a simples manutenção no escalão maior.
Destaque para os “crónicos” candidatos 1º de Agosto (campeão em título), cujo primeiro jogo ante o JGM do Huambo fica adiado em virtude do envolvimento nas afrotaças, Petro de Luanda (vice), que testa sábado diante do Progresso do Sambizanga, e Recreativo do Libolo (3º de 2016), que baptiza o Santa Rita do Uíge, numa prova em que o aparente favoritismo dos grandes é susceptível de contrastar com o seu desempenho em campo, mesmo quando confrontados com os menos cotados.
Mas os clubes a cima referenciados não devem perder de vista as presenças do sensacional Progresso da Lunda Sul (4º classificado da época transacta), pois demonstrou possuir capacidade para ombrear com qualquer um, assim como do Kabuscorp (5º) e Interclube (7º), formações que já lograram ganhar um Girabola e procuram sempre intrometer-se na concorrência.
Dois jogos marcam o arranque da prova, sexta-feira, envolvendo o readmitido 1º de Maio de Benguela, substituto do desistente Benfica de Luanda. Os “proletários” recebem o Recreativo da Caála do Huambo, enquanto o Santa Rita de Cássia do Uíge, na sua estreia absoluta no Girabola, terá pela frente o Libolo.
A jornada inaugural reserva para sábado os encontros Petro de Luanda-Progresso do Sambizanga, Sagrada Esperança-Interclube, Bravos do Maquis-Progresso da Lunda Sul e Académica do Lobito-Kabuscorp, ao passo que Desportivo da Huíla e Atlético Sport Aviação (ASA) fecham a ronda domingo.
O JGM do Huambo, outra formação que participa pela primeira vez, vê a estreia adiada para o próximo dia 15 por ausência dos campeões em título, que neste final de semana jogam no Uganda para as afrotaças, frente ao Kampala City, na primeira eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga.
A prova tem Luanda como província mais representada com seis formações (1º de Agosto, Petro, Kabuscorp, Interclube, Progresso do Sambizanga e ASA), seguindo-se Benguela (Académica do Lobito e 1º de Maio), Huambo (Recreativo da Caála e JGM), Cuanza Sul (Libolo), Lunda Sul (Progresso), Lunda Norte (Sagrada Esperança), Huíla (Desportivo) e Moxico (FC Bravos do Maquis).
Nos últimos dez anos conquistaram o Girabola o Interclube (2007 e 2010), Petro de Luanda (2008 e 2009), Libolo (2011, 2012, 2014 e 2015), Kabuscorp (2013) e 1º de Agosto (2016).
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