O ministro da Saúde disse, em Luanda, que Angola está a resolver o problema da dívida que contraiu com países para onde são evacuados doentes, entre os quais Portugal, não tendo avançado o valor da mesma.
"Confirmo que temos evacuado muitos doentes e ultrapassado a capacidade orçamental, estamos neste momento a resolver o problema da dívida, estamos a pagar a dívida, ao mesmo tempo que estamos a diminuir o número de doentes evacuados para esses países", disse Luís Gomes Sambo, em conferência de imprensa que serviu para retratar o estado do sector da saúde em Angola.
Luís Gomes Sambo disse que Angola está a criar condições para o tratamento de doenças que geralmente se procura a cura no exterior, tendo já designado o hospital que vai se preparar para este efeito.
"O Governo tem subvencionado a evacuação de doentes para o exterior do país, principalmente para Portugal e África do Sul", disse, acrescentando que a pressão exercida sobre o Ministério da Saúde "é muito grande" e do número de solicitações "talvez apenas 50% precisam de facto de serem evacuados".
Segundo o governante angolano, o Governo está a "tomar medidas para melhorar ainda mais as condições de atendimento clínico especializado no país", com vista a redução "ao mínimo as necessidades de evacuação para o exterior do país".
"Esta é a nossa política e temos a certeza que vamos conseguir fazer isso com os investimentos públicos. Em relação algumas áreas, como a hemodialise, de cirurgia torácica o país já tem condições, já faz intervenções de muito alto nível, e que as pessoas muitas vezes não divulgam", frisou.
"O nosso país já tem uma medicina de ponta bastante desenvolvida, só que não tem capacidade para atender todos os casos, alguns ficam nas listas de espera, mas a medicina em Angola tem-se desenvolvido e vai se desenvolver ainda mais e devemos estar orgulhosos das boas coisas que fazemos", ajuntou.
O diretor da Junta Nacional de Saúde, Augusto Lourenço, disse numa entrevista concedida em 2011 ao Jornal de Angola, que de 2007 a 2010, o Estado angolano tinha gasto mais de três mil milhões de kwanzas, na altura o equivalente a 38 milhões de dólares.
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