A ministra da Cultura garantiu ontem que as candidaturas ao prémio literário “Sagrada Esperança” de 2016 estão a ser analisadas, contrariamente à informação anunciada segunda-feira pelo próprio gabinete dando conta da sua não atribuição, por dificuldades financeiras.
No comunicado assinado pela ministra Carolina Cerqueira, enviada ontem à Lusa, refere-se que “está a decorrer o processo de avaliação das obras concorrentes” à edição de 2016 e que “oportunamente será dado conhecimento público das decisões do júri” deste prémio, atribuído pelo Instituto Nacional das Indústrias Culturais de Angola e pela Fundação António Agostinho Neto.
Aquele prémio, de periodicidade anual e que tinha para 2016 um valor monetário de Kz 1,5 milhões, foi instituído em 1980, em homenagem póstuma ao presidente António Agostinho Neto, numa alusão à sua actividade também como poeta e escritor.
Num outro comunicado, distribuído pelo Ministério da Cultura na segunda-feira, lia-se que “por razões financeiras não se procedeu à avaliação das obras concorrentes ao prémio ‘Sagrada Esperança’ edição 2016”.
“As obras em concurso transitarão para a edição de 2017, com o compromisso de que se cumprirão os prazos estabelecidos”, refere o comunicado, lamentando os “transtornos causados na agenda pessoal de cada autor” e exortando “para que não se sintam defraudados”.
Por norma o prémio é atribuído em Janeiro, mas a edição de 2016 só deverá conhecer um desfecho em Abril, tendo sido registadas cerca de 30 candidaturas.
Este prémio é dirigido a autores angolanos com ou sem obras publicadas e visa promover o enriquecimento do universo simbólico e do imaginário da língua portuguesa através do discurso literário, incentivar a criação literária entre os autores nacionais bem como assegurar o lançamento regular de novas obras.
À edição de 2015 deste prémio tinham concorrido 56 autores, tendo então vencido o escritor Manuel Adriano Paulo, com a obra “Massamba”.
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