O Japão vai reforçar a cooperação com Angola nos domínios de formação de quadros e desenvolvimento económico, anunciou ontem o chefe da delegação parlamentar japonesa, senador Masahiro Sato, que está em Luanda.
A delegação, que foi ontem recebida pela secretária de Estado para a Cooperação, Ângela Bragança, disse que a política do seu país consiste em “ensinar a pescar e não dar peixe às pessoas” e que depois da conclusão dos acordos, o Japão vai enviar para Angola vários voluntários para trabalhar em diversas áreas, com realce para os sectores de educação e ensino.
“O governo japonês envia voluntários japoneses para cá, para que eles possam trabalhar na área da saúde, agricultura e demais áreas para realizar desenvolvimento angolano”, disse o senador Masahiro Sato, que esteve acompanhado do embaixador do Japão em Angola, Hironori Sawada.
O Japão pretende igualmente aumentar o número empresas para operarem em Angola. “Vemos Angola como um país de grande potencialidade. Agora que o Governo angolano tem trabalhado para a diversificação da economia, acredito que o Governo japonês pode contribuir no desenvolvimento económico de Angola”, disse.
Com relações diplomáticas estabelecidas há 40 anos, os dois países pretendem celebrar em breve acordos de cooperação de técnica e de promoção e protecção recíproca de investimentos. A visita enquadra-se no incremento das relações de cooperação e de amizade e serve ainda para avaliar o impacto dos projectos japoneses em Angola pelos deputados nipónicos. A secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, disse que a conclusão dos acordos depende de alguns acertos nos domínios fiscais dos dois países. Na agenda de negociações consta visita de Ângela Bragança ao Japão, para se inteirar da realidade daquele país. A deslocação ocorre na fase da implementação dos acordos.
“Estão previstas algumas rondas de negociação e propõem que a secretária de Estado também visite o Japão. Propomos fazer coincidir essa nossa visita com o fechar deste todo processo”, disse Ângela Bragança, garantindo que o processo de conclusão vai ser célere. “A conclusão destes acordos está para breve. Há pequenas questões que a própria administração tributária também está a avaliar, sabe que é moroso, porque há legislações dos dois países que têm que ser confrontadas”, disse. A secretária de Estado disse que a cooperação “está num bom nível” e que a diplomacia angolana vai continuar a trabalhar com o embaixador japonês em Angola para o reforço das relações. “Não queremos aquela cooperação que seja apenas consumidora, mas que nos dê capacidade de agir. É isso que estamos a negociar”, disse Ângela Bragança, que espera incremento das acções na área da formação de quadros, no sector empresarial, na indústria mineira, agronegócio e energético.
A presença de professores japoneses nas escolas e universidades angolanas está condicionada pela língua. “Temos de resolver o problema da língua que é um obstáculo grande nesta cooperação, que é normalmente é a Língua inglesa. Vamos encontrar alternativas. Cremos que no domínio de ciência e tecnologias haja também esse avanço”, disse a secretária de Estado para a Cooperação.
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