"Os dois países têm uma história comum que não se pode apagar", lembra a ministra da Justiça
Nasceu em Angola, é portuguesa descendente de angolanos. Como vê a relação entre os dois países?
Acho que a relação entre os dois países é uma relação... [pausa] irremediável [risos]. É. Há bocadinho falávamos de futebol e eu lembro-me de ver Portugal jogar e as crianças, a rua, as ruas de Angola encherem-se de pessoas a aplaudir a seleção.
Ainda hoje é assim com os clubes portugueses...
É, de facto, assim com os grandes clubes. Acho que estas relações são de grande proximidade, são relações de países que estão irmanados por objetivos... que têm uma história comum que não se pode apagar.
Mas, às vezes, é difícil. Já esteve mais difícil, mas ainda é difícil a relação entre os dois países.
Há sempre momentos e crise. É como em todas as famílias, há momentos de dificuldades, de zangas, de tensões. Mas penso que no fim, no essencial, quando se trata de coisas importantes...
Continuamos irmanados?
Quando foi da eleição de António Guterres, por exemplo, Angola apoiou Portugal no Conselho de Segurança. Ou seja, nas grandes causas, os dois países continuam irmanados e estou segura de que terão um futuro comum e de grande prosperidade.
Não a incomoda que, já consigo como ministra da Justiça, o Jornal de Angola tenha feito um duro ataque à justiça portuguesa por causa de uma investigação em que havia alguns dirigentes de Angola?
Não! O Jornal de Angola aquilo que faz é exercer a liberdade de expressão e de opinião em termos jornalísticos, tal como aqui se faz relativamente a Angola em algumas circunstâncias. Portanto, esse facto, obviamente não me incomoda.
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