Várias personalidades ligadas ao desporto americano têm vindo a público condenar o decreto de Donald Trump de restringir a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos.
Autoridades olímpicas e do futebol também se mostraram preocupadas com a possibilidade do decreto prejudicar a candidatura americana às próximas edições dos Jogos Olímpicos e Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA. O objectivo da medida de Trump é diminuir supostas ameaças terroristas ao território americano.
A Liga Norte America de Basquetebol (NBA), a mais mediática do mundo, no que à bola ao cesto diz respeito, emitiu um comunicado dizendo estar orgulhosa dos seus atletas estrangeiros e querendo saber como a medida afectará o campeonato, que tem dois jogadores de países visados pelo decreto presidencial.
Luol Deng, do Los Angeles Lakers, e Thon Maker, do Milwaukee Bucks, nasceram no Sudão (hoje Sudão do Sul), um dos países na lista restritiva de Trump. Deng também é cidadão britânico, enquanto Maker também tem passaporte australiano. “Entramos em contacto com o departamento de Estado e estamos à procura de informações para entender como esse decreto vai afectar os nossos jogadores que são dos países visados”, disse o porta-voz Mike Bass, que acrescentou: “A NBA é uma liga global e orgulhamo-nos de atrair os melhores jogadores de todas as partes do mundo.”
A liga tem uma série de jogadores mulçumanos e um deles, Rondae Hollis-Jefferson, do Brooklin Nets, criticou o veto no sábado à noite. “Você não pode julgar um grupo inteiro pela acção de um”, disse ele ao jornal New York Post. “Isso não é certo. A maioria dos muçulmanos é pura e acredita numa forma diferente de vida.”
O seu companheiro de equipa, Jeremy Lin, também se mostrou solidário com os visados pelo veto de Trump. “Como americano, sinto muito por todos os afectados pelo MuslimBan. Isso está realmente a sair de controlo”, escreveu no Twitter.
O técnico do Golden State Warriors, Steven Kerr, também condenou o decreto de Trump. “O que está a acontecer agora é de facto assustador e constrangedor.”
O ex-jogador Steve Nash, duas vezes eleito o melhor jogador da NBA pelo Phoenix Suns, mostrou-se solidário no Twitter.
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