Uma onda de assassinatos em Luanda começa a perturbar a população bem como parentes das vítimas que continuam à espera das investigações da polícia.
Um dos casos resolvidos, segundo as autoridades, é o da morte do libanês Amim Bakri, a 1 de Janeiro.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola, apresentou na manhã desta quarta-feira, 18, quatro cidadãos de nacionalidade angolana que, suspostamente, terão assassinado Bakri.
Antes, o Presidente do Líbano acusou os serviços secretos israelitas, Mossad, de ser o responsável pela morte do libanês, possibilidade que a Polícia angolana já tinha descartado.
Na conferência de imprensa, Amaro Neto, director provincial do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda, disse que os supostos marginais já confessaram a autoria do crime.
“O móbil do crime, longe de outras conotações visou essencialmnte, o roubo de valores monetários ou outros bens de valores que o finado eventualmente pudesse ter na altura, suscetível de serem comercializados com o propósito de conseguirem dinheiro para suas desbundas como se diz na gíria, tal como fizerem aludir no inquérito a que foram submetidos”, revelou Neto.
Casos sem solução
Entretanto, nas últimas semanas, a capital angolana tem registado vários assassinatos considerados misteriosos.
Há duas semanas, uma menor de 12 anos, de nome Celinia Izaquiel, foi encontrada morta na arca da residência da mãe.
Hoje , mais dois jovens foram encontrados mortos em Luanda.
Ontem, em Viana, o produtor de imagem, Yuri Canda, de 23 anos de idade, foi encontrado morto, dentro da sua residência. Ele terá sido assassinado, como diz o seu irmão mais velho, Valdimiro Canda.
“Parece encomenda de alguém”, revelou o irmão mais velho, Valdimiro Canda.
No Cazenga, Mila da Gama, de 42 anos de idade, também foi encontrada morta na sua própria casa, como disseram à Voz da América alguns vizinhos.
Na conversa com os jornalistas, o director provincial do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda, Amaro Neto, alertou as pessoas para evitarem qualquer confronto com os meliantes em caso de assalto.
“Diante de qualquer roubo, devemos evitar qualquer gesto, temos que colaborar com o bandido”, defende.
As autoridades angolanas garantem que vão redobrar os esforços para combater o elevado nível de criminalidade no país.