Em seu livro, o irmão do traficante, Roberto Escobar, conta como ele enterrava milhões ou escondia em galpões.
No auge de seu poder como comandante do cartel de Medellín, na Colômbia, o traficante Pablo Escobar ganhava algo como US$ 420 milhões (cerca de R$ 1,62 bilhão) por semana, o que o coloca entre os mais ricos chefões de drogas da história.
Conhecido como “o rei da cocaína”, Escobar era o homem no comando de uma operação que fornecia 80% da cocaína em todo mundo. Por dia, eram 15 toneladas da droga contrabandeadas para os Estados Unidos. Escobar tinha tanto dinheiro vivo nas mãos que ele costumava enterrar pilhas de notas em buracos em fazendas, casas abandonadas e até em paredes das casas de membros da quadrilha – como mostra um dos episódios da série “Narcos”, baseada em sua vida, na qual o ator Wagner Moura interpreta o traficante.
De acordo com Roberto Escobar, irmão de Pablo e “controller” da operação, autor do livro “The Accountant's Story: Inside the violent world of the Medellín cartel” (A história do contador: dentro do mundo violento do cartel Medellín, em tradução livre), o dinheiro era tanto que o cartel podia se dar ao luxo de perder algum.
“Pablo estava ganhando tanto que a cada ano nós descartávamos 10% como perdas, já que os ratos comiam o dinheiro que estava no depósito ou então era algum vazamento que molhava as notas – ou então se perdia simplesmente”, escreve Escobar no livro.
Ou seja, considerando a quantidade de dinheiro que Pablo Escobar estava ganhando na época, a quantia perdida estaria estimada em US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões), segundo cálculos do Business Insider. Roberto conta que manter o dinheiro organizado era um problemão. O cartel gastava algo em torno de US$ 2,5 mil por mês somente em elásticos para manter as notas juntas.
Em uma entrevista realizada em 2009 para a Revista Don Juan, o filho único de Pablo Escobar, Juan Pablo Escobar – que desde então mudou seu nome para Sebastian Marroquin – afirmou que seu pai uma vez chegou a queimar US$ 2 milhões em notar para manter a família aquecida quando eles estavam se escondendo das autoridades.