A guerra no Iêmen tinha começado havia apenas dois meses quando Abdullah al-Ibbi foi fazer uma refeição com suas duas esposas, filhos e netos.
Naquele momento, sua casa foi atingida por um bombardeio aéreo, que matou 27 membros de três gerações de sua família.
Al-Ibbi sobreviveu e ficou sabendo das mortes apenas seis semanas depois, quando acordou em uma cama de hospital.
"Se eu não temesse a Deus, teria cometido suicídio naquela hora. Teria pulado de um prédio... mas Deus me deu paciência", lembra o iemenita.
A família vivia na região de Saada, que é reduto dos rebeldes Houthi. A área foi alvo de muitos ataques da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que apoia o presidente iemenita exilado Abdrabbuh Mansour Hadi.
A casa foi atingida por volta da meia-noite, lembra Al-Ibbi.
As equipes de resgate e escavadeiras trabalharam até a manhã para retirar os corpos presos sob os destroços. Entre os mortos estavam 17 crianças - a mais nova, uma neta do iemenita, tinha apenas um mês de idade.
Além dele, três filhos adultos sobreviveram.
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