Hillary Clinton, de 69 anos, já desempenhou vários papéis na política norte-americana - primeira-dama, senadora, secretária de Estado -, focando agora, pela segunda vez, a ambição na presidência.
Tem como ídolo Eleanor Roosevelt, mulher do antigo presidente Franklin Roosevelt, e menciona amiúde as provações que viveu ao longo de 40 anos de vida pública. Entre casos e escândalos, tem enfrentado acusações de fraude, mentira e clientelismo e de falta de empatia com o eleitorado, mercê da imagem formal, de ligação a uma elite política e com sede de poder.
Hillary Diane Rodham nasceu a 26 de outubro de 1947, em Chicago, sendo a mais velha de três filhos. Do pai, empresário têxtil, herda as convicções republicanas, que conservará até aos anos de estudante. Aluna exemplar, ingressou em 1965 na universidade liberal Wellesley College. Os quatro anos lá passados são uma revelação sobre a luta dos direitos civis, a guerra do Vietname e a igualdade de géneros. A estudante com óculos "de fundo de garrafa", que odeia maquilhagem, conclui uma graduação em Ciência Política.
Em 1969, entrou na faculdade de Direito de Yale e conheceu Bill Clinton, futuro presidente e marido. Vai trabalhar como advogada para o Fundo de Defesa das Crianças. Após uma passagem por Washington em 1974 - participa na investigação relacionada com a comissão de inquérito sobre o caso Watergate, que provocou a renúncia do presidente Richard Nixon -, casa-se com Bill e vai para o Arkansas, onde integra o corpo docente da Faculdade de Direito e entra num escritório de advogados. Em 1980, nasce Chelsea, a única filha. Em junho passado, foi avó pela segunda vez.
O marido é eleito, pela primeira vez, presidente em 1992. Na Casa Branca, lidaria com questões incómodas, como o caso "Whitewater", de especulação imobiliária no Arkansas, e o escândalo Lewinsky, caso de sexo e mentiras que envolve Bill e uma estagiária. É eleita senadora de Nova Iorque em 2000. Em 2008, avança para a corrida presidencial, mas retira-se a favor do então senador Barack Obama, que a designa secretária de Estado. Os quatro anos à frente da política externa são marcados por alguns embaraços, dos quais o ataque contra o consulado em Benghazi, Líbia, que matou quatro americanos, e o caso dos emails, em que usou um endereço pessoal para assuntos profissionais, são os mais relevantes.
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