Governo de Helsínquia endurece legislação para tentar travar aumento do número de requerentes de asilo.
A Finlândia endurece as leis de imigração. Vai exigir que os refugiados e migrantes requerentes de asilo trabalhem sem receber salário e estudem os costumes e tradições do país.
O Governo de Helsínquia vai começar a atribuir tarefas a migrantes com idade para trabalhar. Argumenta que vai ajudar a ocupar o tempo e a libertar a frustração.
“Não é necessariamente trabalho remunerado. Pode ser alguma tarefa ao ar livre, algum trabalho de manutenção no centro de recepção de migrantes. Quanto mais tempo as pessoas estão desocupadas, mais frustradas ficam”, afirma o ministro do Emprego, Jari Lindstrom.
Os candidatos a asilo vão receber um dossier com informações sobre a sociedade e cultura da Finlândia, nomeadamente sobre os direitos das mulheres e das crianças. “Todos os requerentes de asilo vão recebê-lo. Ninguém poderá dizer que não sabia”, refere o ministro.
O Governo de Helsínquia vai passar a reavaliar, duas vezes por ano, as condições nos países de origem dos migrantes. Conforme a evolução da situação, pode cancelar a autorização de residência.
Depois de última avaliação à situação no Afeganistão, a Finlândia anunciou que vai deixar de conceder subsídios aos refugiados que dizem correr perigo de vida nas regiões Sul e Leste do país.
“O novo pacote de medidas vai apertar as nossas práticas e eliminar possíveis factores de atracção” de migrantes, disse aos jornalistas o primeiro-ministro finlandês.
Juha Sipila explica que a Finlândia vai acelerar o processo de repatriamento de migrantes que não reúnam as condições para obter o estatuto de refugiado. Estima que serão dois terços das pessoas que pedem asilo.
Cerca de 32 mil pessoas pediram asilo à Finlândia desde o início do ano, um aumento significativo em relação aos 3.600 de 2014.
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