Bowe Bergdahl foi capturado após supostamente abandonar seu batalhão.
Ele passou cinco anos preso e foi trocado por detentos de Guantánamo.
Após passar cinco anos como prisioneiro dos talibãs no Afeganistão até ser trocado por cinco detentos de Guantánamo, o ex-soldado americano Bowe Bergdahl será julgado por deserção em uma corte marcial dos Estados Unidos - informaram seu advogado e o Pentágono nesta segunda-feira (14).
Bowe Bergdahl, de 29 anos, será julgado em um processo "perante uma corte marcial", afirmou o advogado da defesa, Eugene Fidell, em um comunicado.
O ex-soldado pode ser condenado à prisão perpétua, se for considerado culpado pelas acusações de "deserção" e "má conduta diante do inimigo, pondo em perigo a cadeia de comando, um batalhão, ou um lugar", declarou o Exército americano, em um comunicado.
A data da audiência ainda não foi divulgada. O julgamento será realizado na base de Fort Bragg, na Carolina do Norte (sudeste).
"Esperava que este caso não tomasse esse caminho", reagiu Fidell.
Único soldado capturado pelos rebeldes durante a guerra no Afeganistão, Bergdahl foi detido por membros da rede Haqqani, ligada aos talibãs, depois de ter sido dado como desaparecido de seu posto no leste do Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão em junho de 2009.
Uma investigação foi aberta para determinar as circunstâncias de seu sequestro. Alguns soldados que estavam com ele afirmaram que Bergdahl abandonou seu posto voluntariamente e pôs em risco os militares que foram procurá-lo.
Fidell disse que Bergdahl virou um bode expiatório dos opositores do fechamento de Guantánamo.
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