AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 21 Novembro 2015:
O julgamento dos 15+2 activistas foi prolongado por mais uma semana, depois de em cinco dias apenas ter sido concluída a audição de três arguidos. Detidos deste 20 de Junho os 17 activistas são acusados de preparem uma rebelião.
As audiências desta semana foram longas e levaram ao prolongamento do julgamento por mais uma semana. Ontem e hoje foram lidos o livro de “Ferramentas para destruir o ditador e evitar uma nova ditadura, filosofia da libertação para Angola”, da autoria do professor universitário Domingos da Cruz.
No segundo dia do julgamento dos 15 + 2 activistas políticos angolanos, acusados de actos preparatórios para uma rebelião e atentado contra o Presidente de Angola, os jornalistas continuaram a ser proibidos de entrar na sala do tribunal. O mesmo aconteceu, desde o início do julgamento, aos observadores internacionais — União Europeia, Estados Unidos e Portugal.
Em Luanda decorreu o quinto dia do julgamento dos 15+2 activistas acusados de rebelião. Entre eles o rapper Luaty Beirão. A sua esposa Mónica Almeida confirma que ele ainda não foi ouvido pelo tribunal, numa altura em que apenas 3 dos acusados já prestaram depoimento em tribunal.
"Ele (Luaty Beirão) não foi ouvido e só outras pessoas foram ouvidas e estamos à espera de saber qual será a ordem das pessoas que serão ouvidas. O processo pode ser muito mais demorado - só seria do 16 ao 20 - e hoje é dia 20 e só foram ouvidas três pessoas o que representa, mais ou menos, dois dias para cada pessoa", descreveu Mónica Almeida.
Esta semana o tribunal ouviu os réus, Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, cujo interrogatório só terminou na terça-feira, quase ao fim da tarde, tendo-se de seguida começado a ouvir Hitler Jessia Chiconda "Samussuku", cuja a audiência acabou na quarta-feira. Ontem e hoje foi ouvido o professor universitário Domingos da Cruz.
"Não conseguimos ter muito contacto, eles entram e ficam cinco minutos na sala e depois saem e começam a ser ouvidos. No primeiro e segundo dia percebi que ele (Luaty Beirão) estava chateado e cansado devido ao que têm sido submetidos para irem ao tribunal", contou à RFI a esposa do activista e rapper Luaty Beirão.
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