Fonte: RFI
A compra de 65% das acções da Efacec, com a ENDE, uma empresa da capitais exclusivos angolanos, acabaria por se traduzir no fornecimento de equipamentos eléctricos para três barragens em construção neste país africano, lê-se no comunicado que emana deste grupo de deputados.
O Intergrupo parlamentar para a integridade e transparência, incluindo a eurodeputada socialista portuguesa Ana Gomes, recorreu para quatro entidades europeias para averiguarem se a legislação europeia foi cumprida neste e em demais casos de negócios em Portugal de Isabel dos Santos, tida como a empresária africana mais rica.
A Comissão europeia, o Banco central europeu, o Grupo de acção financeira internacional e a Autoridade bancária europeia deveriam, assim, pronununciar-se sobre a Efacec e outros casos como a Galp, na área dos combustíveis, ou ainda os bancos BIC e BPI, ou o operador NOS nas telecomunicações e investimentos imobiliários.
Celso Filipe, subdirector do Jornal de Negócios e autor do livro "O poder Angolano em Portugal" explicou a Carina Branco os contornos do caso "Efacec" hoje denunciado pelos eurodeputados.
Na entrevista, Celso Filipe comentou, ainda, a situação dos 15 activistas angolanos detidos desde 20 de Junho, falando em "complexo da Praça Tahrir" e comentou as insinuações da presidência angolana sobre os alegados interesses estrangeiros por trás dos activistas.