segunda-feira, 7 de setembro de 2015

INDIANO É O NOVO PRESIDENTE DA GOOGLE



AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 07 Setembro 2015:

Um indiano que durante a infância não tinha nem TV nem telefone em casa acaba de se tornar presidente de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo: o Google.
Sundar Pichai, de 43 anos, será responsável pela companhia em um momento de grande transformação interna e desafios crescentes no setor.
Recentemente, o Google anunciou que estava criando uma holding, que batizou de Alphabet, à qual se sujeitará o gigante de buscas.
Com a decisão, o conglomerado compreenderá não só a Google, mas a Nest, a Calico, a Fiber e outros vários negócios criados e comprados pela companhia nos últimos anos.
A holding é uma forma de sociedade muito utilizada por médias e grandes empresas para melhorar a estrutura do capital.
Os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, assumirão cargos de chefia na Alphabet. Page será CEO e Brin, presidente.
A indicação de Pichai para a presidência do Google é uma boa notícia para a Índia ─ ele é o mais recente indiano a ser alçado ao topo da indústria de tecnologia dos Estados Unidos. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, é outro exemplo notável.
Mas a nacionalidade não é o único fato que chama atenção sobre Pichai. Sua história de vida é surpreendente.
Pichai nasceu e estudou em Chennai, no extremo sul da Índia. Ele foi capitão do time de críquete da escola, e venceu dois torneios regionais.
O indiano estudou Engenharia Metalúrgica no Instituto Indiano de Tecnologia em Kharagpur (IIT Kharagpur). Segundo um de seus professores, entrevistado pelo jornal indiano Times of India, Pichai era "o mais brilhante da turma".
Ele usou seu talento para ascender dentro do Google, companhia à qual se juntou em 2004. Produtos sob o seu comando incluíam o navegador do Google, o Chrome, e o sistema operacional móvel, o Android ─ este último o mais popular do mundo.
A onipresença do Android reflete não só o talento natural de Pichai para os negócios, mas revela um fato curioso de sua infância: sua família só comprou o primeiro telefone quando ele tinha 12 anos.

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