AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 19 Setembro 2015:
DR / JA
Um grupo de 36 angolanos, que cumpria penas em prisões da Zâmbia, chegou ontem a Luanda, onde deve terminar o cumprimento da sentença no Estabelecimento Penitenciário de Viana, no quadro de um acordo de transferência de prisioneiros assinado entre os governos dos dois países.
O acto de transferência teve lugar ontem no Aeroporto de Lusaka e contou com a presença do vice-ministro do Interior da Zâmbia, Gerry Chanda, da embaixadora de Angola, Balbina da Silva, e do secretário de Estado para os Serviços Penitenciários, José Bamóquina Zau.
O recluso zambiano Sacafuncu Camucue, 65 anos, condenado a dez anos de prisão em Angola, foi entregue às autoridades zambianas para o cumprimento da pena no seu país.
José Bamóquina Zau afirmou, em Lusaka, que a transferência de reclusos de ambos os países marca uma viragem histórica na concretização dos laços de fraternidade entre os dois países. Disse ainda que o acto vai ficar marcado para sempre na história das relações dos dois países irmãos.
O secretário de Estado disse que o Presidente José Eduardo dos Santos e o Chefe de Estado zambiano, Edgar Lungu, estão empenhados na construção de uma sociedade livre, justa e solidária para o bem dos povos. “A grandeza dos dois estadistas e o envolvimento directo na efectivação da transferência de presos de ambos os países traduz a reafirmação de uma região Austral mais coesa, justa, humana e próspera para os seus filhos”, disse.
Dos 36 reclusos angolanos que regressaram ontem ao país, quatro tinham sido condenados à morte e igual número à prisão perpétua, tendo as penas sido comutadas pelo Presidente zambiano e convertidas em 20 anos de prisão. Bamóquina Zau considerou que em qualquer sociedade, salvar vidas é e será sempre um acto nobre que engrandece qualquer ser humano.
O vice-ministro do Interior da Zâmbia, Gerry Chanda, mostrou-se satisfeito com a conclusão do processo, que marca o fim da transferência de reclusos de ambos os países, e frisou que o seu Governo vai trabalhar para que cidadãos zambianos detidos noutros países possam cumprir penas na Zâmbia, junto das suas famílias. O vice-ministro do Interior da Zâmbia disse que o processo foi árduo e apelou no sentido dos dois governos trabalharem para a reintegração social dos reclusos.
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